Resumo de Astronomia - Satélites Naturais

Conheça um pouco sobre as luas do Sistema Solar


Os satélites naturais são corpos celestes que possuem órbita atrelada a um planeta. Ou seja, enquanto os planetas orbitam em torno de uma estrela, os satélites naturais fazem o mesmo movimento só que em torno de um planeta. Eles não possuem luz própria e são informalmente chamados de luas (com a inicial de minúscula). O fato do satélite natural do planeta Terra ter recebido o nome de Lua se deve ao fato de que, no momento de sua descoberta, ainda não se sabia da existência de outras luas no Sistema Solar. Atualmente, 207 são conhecidas. 

Os satélites naturais do Sistema Solar 


Com exceção do planeta Mercúrio e planeta Vênus, todos os demais integrantes do Sistema Solar possuem satélites naturais. De acordo com os cientistas, a ausência de satélites naturais orbitando esses planetas se deve ao fato de que eles são muito pequenos e, além disso, estão muito próximos do Sol. 

Além disso, nos planetas rochosos, o número de satélites naturais é bastante reduzido em comparação com os planetas gasosos. A Terra e Marte, por exemplo, possuem uma e duas luas, respectivamente. No grupo dos planetas gasosos, temos os casos de Júpiter e Saturno, cujo número total de satélites naturais pode chegar a 79 e 82, respectivamente. 

Terra 

A Lua, satélite natural da Terra, é a principal responsável pela formação das mares e, desse modo, ela influencia a vida no planeta. As marés surgem como resultado da atração gravitacional produzida pelo satélite enquanto realiza o movimento de translação: deslocamento feito em torno do planeta. Uma das características da Lua é que ela possui atmosfera escassa, por isso é bastante susceptível a colisões com meteoros, cometas e asteroides. A ocorrência constante desses fenômenos é responsável pelas crateras visíveis no satélite.

Marte 

Os satélites naturais que orbitam Marte recebem os nomes de Phobos e Deimos. Diferente da maioria das luas que são esféricas, elas possuem formato irregular e são bastante pequenas. Ambas fazem parte do grupo dos menores satélites naturais do Sistema Solar. A composição é outro aspecto de semelhança das luas: ambas possuem alta concentração de carbono e são cobertas por poeiras e rochas soltas. 



Júpiter 

Esse planeta tem 53 satélites naturais confirmados e 26 ainda por confirmar. Logo, o número total de luas de Júpiter pode chegar a 79. Entre elas, têm destaque as quatro maiores: Io, Europa, Ganímedes e Calisto, que foram observadas pelo cientista Galileu Galilei em 1610. Por essa razão, são chamadas de galileanas. 

Em Io, existe uma infinidade de vulcões ativos. Isso acontece porque a intensidade da gravidade de Júpiter é tão grande que provoca calor suficiente para criar atividade vulcânica na superfície da lua. Europa integra o grupo das luas oceanos. Ela tem a superfície inteiramente coberta de gelo, mas acredita-se na existência de um oceano líquido abaixo dessa superfície. Por esse motivo, existe até uma missão da NASA para explorar a existência de vida no satélite, é a Europa Clipper

Ganímedes é o maior satélite natural existente no Sistema Solar, chegando a ser maior até que o planeta Mercúrio. Ela possui 5,2 mil km de diâmetro e é o único satélite natural de que se tem conhecimento da existência de campo magnético interno. Calisto, por sua vez, apresenta indícios da existência de atividade em sua superfície. Essa hipótese é levantada pela existência de crateras pequenas. 

Saturno 

Atualmente, são 53 satélites naturais confirmados e 29 em estudos na órbita de Saturno. Dentre eles, cinco merecem atenção especial, a saber: Mimas, Hiperion, Pan, Encélado e Titã. Os dois últimos chamam atenção pela existência de aspectos similares ao da Terra. Em Encélado existem gêiseres de vapor de água. Em Titã, sabe-se da existência de líquidos até então só encontrados na Terra e com ciclo bastante parecido ao que realizam em nosso planeta. 

Urano 

O planeta possui 27 luas, que recebem nomes de personagens dos trabalhos de William Shakespeare e Alexander Pope. A mais próximas de Urano têm em sua composição gelo e água. Uma das características mais interessantes sobre os satélites naturais desse planeta é que eles estão em processo constante de destruição e reconstrução. Quando destruídos, eles compõem os anéis em volta do planeta e, por ação da condensação, voltam a formar novas luas. 

Netuno 

Tritão é o mais importante dos 16 satélites naturais que orbitam Netuno. Ele está entre os corpos celestes mais gelados do Sistema Solar. Além de ter toda a superfície coberta por gelo, ele possui vulcões ativos que expelem nitrogênio líquido, metano e poeira. Essa mistura congela assim que é expelida e faz nevar na superfície. Outra curiosidade acerca de Tritão é que ele é a única lua cuja órbita é feita no sentido contrário ao da rotação do planeta. 

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