Resumo de Educação Artística - Pirâmides do Egito

As pirâmides do Egito são antigas estruturas feitas em alvenaria, erguidas durante o Egito Antigo. Elas foram construídas com a finalidade de guardar os corpos dos faraós, em uma época de riqueza e poder da civilização egípcia.  

Nessa época, o povo do Egito acreditava que os faraós representavam uma espécie de divindade escolhida para mediar a comunicação entre os deuses egípcios e os humanos. Além disso, eles diziam que após a morte dos faraós, os espíritos permaneciam no corpo.

Dessa forma, no processo de mumificação, os corpos eram tratados com óleos e enrolados por faixas para que não sofressem com o desgaste do tempo. Os órgãos, por sua vez, eram retirados e colocados em urnas especiais juntos ao sarcófago.

Segundo historiadores, as edificações começaram a ser erguidas no Antigo Império (por volta de 2686 a 2181 a.C.), perdurando até o século IV d.C. Contudo, o auge das construções foi registrado entre a Terceira e a Sexta Dinastia, aproximadamente no ano de 2325 a.C.

No entanto, a construção das tumbas ainda é um mistério, havendo controvérsias entre engenheiros e arquitetos. O que se sabe é que os egípcios faziam cálculos matemáticos baseados em suas crenças religiosas e isso ajudava a determinar a altura e largura das pirâmides do Egito.

Como as pirâmides do Egito foram erguidas?

Entre tantas teorias apresentadas por cientistas para tentar explicar como as pirâmides do Egito foram construídas, uma delas é a de que as pedras usadas nas estruturas foram transportadas com o auxílio de um trenó e água molhada.

Essa teoria é baseada em estudos feitos por físicos da Universidade de Amsterdã, na Holanda. Segundo eles, o ato de umedecer o solo e unir os grãos de areia poderia ter facilitado o deslocamento das pedras gigantes que foram utilizadas na base das pirâmides.

A técnica aparece, inclusive, em uma pintura feita na parede da tumba de Djehutihotep, antigo monarca egípcio que reinou em 1900 a.C. No desenho, era possível ver homens derramando água na areia para carregar uma estátua.

Outra teoria que explica uma possível maneira de como as pirâmides do Egito teriam sido construídas está no livro “Great Pyramid”, conhecido como “segredos da grande pirâmide”, dos autores Pierre Houdin e Bob Brier.

Na obra, os autores explicam que além de trenós, os egípcios utilizaram rampas internas e externas em volta da estrutura a fim de facilitar o deslocamento das grandiosas pedras.

Além disso, estima-se que mais de 30 mil egípcios trabalharam durante 20 anos para a construção das pirâmides de Gizé, as mais conhecidas do Egito. Os historiadores relatam que a maioria desses trabalhadores serviam a corte, e realizavam trabalho escravo. Durante muitos anos, eles fizeram a transportação das pedras.

Além deles, outros trabalhadores considerados livres participaram do levantamento da estrutura, a exemplo de médicos, padeiros e cervejeiros. Os estudos indicam que eles recebiam como recompensa comida e cerveja.

Primeiras pirâmides

Embora haja muitas controvérsias em relação a construção das pirâmides do Egito, até o início da Primeira Dinastia, por volta de 2950 a.C., as primeiras estruturas foram esculpidas em rocha ou edificadas em tumbas denominadas “mastabas”.

As mastabas eram espécies de túmulos com formato piramidal, entretanto, pareciam quadrados empilhados um em cima do outro e não eram altas como as pirâmides atuais.

A primeira pirâmide a usar o modelo de mastaba foi feita por volta de 2630 a.C., pelo rei Djoser, que pertencia à Terceira Dinastia.Na época, era o túmulo mais alto do Egito, com seis degraus de pedra, somando 62 metros de altura. Além disso, era cercado de santuários e templos para que os soberanos pudessem desfrutar da vida após a morte.

O formato que as pirâmides têm atualmente foi escolhido pelos egípcios. Eles acreditavam que a estrutura seria uma forma de ascensão do faraó aos céus, onde eles seriam acolhido por , a divindade mais poderosa da mitologia egípcia.

Entre as 123 pirâmides do Egito, as mais conhecidas são: as pirâmides de Queóps, de Quéfren e de Miquerinos, sendo essa última a única das sete maravilhas que resiste ao tempo. Elas representam pai, filho e neto respectivamente.

Pirâmide de Queóps

Entre as pirâmides do Egito, essa foi a primeira estrutura a ser erguida. Sua construção aconteceu em 2. 550 a.C., formada por 2,3 milhões de blocos de pedra que pesam cerca de 2,5 a 60 toneladas cada.

Queóps é considerada a maior pirâmide do mundo com 174 metros de altura e 230 metros de largura em sua base. Ao lado dela, foram erguidas mais três pirâmides pequenas para abrigar os corpos das rainhas.

Pirâmide de Quéfren

Essa estrutura é a segunda maior pirâmide da península de Gizé. Ela foi construída para abrigar o corpo de Quéfren, filho do faraó Queóps. Em respeito ao pai, a pirâmide foi erguida medindo 10 metros a menos que a primeira.

A pirâmide de Quéfren tem 143 metros de altura e ao seu lado está a Esfinge de Gizé, estrutura que representa um ser mitológico, com 200 metros de comprimento e 74 de altura, sendo a maior do Egito.

Pirâmide de Miquerinos

A menor estrutura dentre as pirâmides do Egito. Também localizada na península de Gizé, ela foi feita para abrigar o corpo de Miquerinos, filho do faraó Quéfren e neto do rei Queóps.

Em seu interior, foram utilizadas a arquitetura de câmaras, corredores íngremes e falsas passagens com a intenção de despistas os ladrões de túmulos. Assim, ela foi feita com a mesma estrutura das outras pirâmides.

Pausa nas construções das pirâmides

As construções das pirâmides do Egito sofreram uma pausa na proporção em que o poder e a riqueza dos reis diminuíram. Essa diminuição se tornou mais aparente entre a Quinta e a Sexta Dinastia. Dessa maneira, as edificações foram ficando cada vez menores.

A última construção foi realizada em homenagem ao faraó Pepi II, segundo soberano da sexta Dinastia. Ele viveu entre 2278 e 2184 a.C. Depois da sua morte, o Egito só retomou as construções na 12° Dinastia, porém sem a mesma grandiosidade das pirâmides anteriores.

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