Resumo de Astronomia - Meteoros

Fragmentos que produzem efeitos luminosos

Os meteoros, popularmente conhecidos como estrelas cadentes, têm origem dos chamados meteoroides – pequenas pedras ou areia que ficam no espaço. Quando essas partículas sólidas ultrapassam a atmosfera terrestre, o atrito com o ar acaba aumentando a temperatura e, em consequência, provoca a emissão de luminosidade. É justamente desse processo que nascem os meteoros. 
A palavra “meteoro” tem origem no termo grego metéoros e significa “elevado; alto (no céu)”. São corpos celestes que podem ter cores diferenciadas e, dependendo do tipo de meteoroide, pode apresentar sons. O seu rastro luminoso pode ter longa ou curta duração e quando possuem brilho mais intenso do que os planetas são denominados de bólidos ou bolas de fogo

A origem dos meteoros

Acredita-se que os meteoros são gerados através da decomposição nuclear dos cometas. Esses fragmentos são deslocados da sua órbita original e mergulham em qualquer parte do espaço, a exemplo do interior do Sistema Solar. É por isso que, quando a Terra cruza a órbita de um cometa, por exemplo, pode ocorrer chuva de meteoros. 
Eles geralmente são do tamanho de um grão de arroz, até menores, pesam cerca de 10 gramas e alcançam uma velocidade de 215 mil quilômetros por hora quando atingem a atmosfera. Ficam brilhantes e visíveis a uma distância de 120 km, mas podem desaparecer totalmente. Isso acontece porque, ao serem vaporizados pelo atrito atmosférico, são reduzidos a pó. Caso isso não aconteça, recebem o nome de meteoritos, pois conseguem chegar na superfície do nosso planeta.
Tipos de meteoritos
Os meteoros que não se desintegram por inteiro e alcançam o solo são classificados de acordo com algumas características. São elas:
  • Siderólitos (mistos): constituídos através da mistura de substâncias metálicas (ferro e níquel) e materiais rochosos. São oriundos do cinturão de asteroides – região com milhões de pedras espaciais que giram ao redor do Sol, entre as órbitas de Marte e Júpiter. 
  • Sideritos (metálicos): são formados principalmente por ferro e níquel, e possuem poucas quantidades de carbono, enxofre e fósforo. 
  • Condritos (rochosos): correspondem a mais de 80% dos meteoritos existentes. Suas composições envolvem dois tipos de minerais, olivinas e piroxênios, e estima-se que tenham bilhões de anos. Também têm origem no cinturão de asteroides. 




O que é uma chuva de meteoros?

A chamada chuva de meteoros é um fenômeno astronômico que ocorre em certos períodos do ano. Caracteriza-se pela presença de vários fragmentos vindos de uma única região do céu, chamada de radiante, e acontece quando a Terra se choca com a órbita de um cometa e os detritos liberados por ele no momento que giram ao redor do Sol. 
Quando essas partículas cósmicas – feitas de gelo, poeira e pedaços de rocha – entram nas camadas superiores da atmosfera, pegam fogo em fração de segundos e acabam deixando um intenso rastro luminoso. 
Algumas chuvas são bastante conhecidas por causa da sua abundância, a exemplo das Perseidas, que possibilitam a visualização de 50 a 100 meteoros por hora. Elas também são famosas em razão das bolas de fogo – explosões dos maiores fragmentos durante contato com a atmosfera. Como existem diversos eventos desse tipo, eles são nomeados de acordo com as radiantes. As geminídeas, por exemplo, recebem esta nomeclatura porque surgem na direção da constelação de Gêmeos. Já as leônidas da constelação de Leão. 
Segundo a International Meteor Organization (IMO), as chuvas de meteoro que poderão ser vistas no Brasil ainda em 2020 são:
  • Orionídeos – de 2 de outubro a 7 de novembro.
  • Táuridas do Sul – de 10 de setembro a 20 de novembro.
  • Táuridas do Norte – de 20 de outubro a 10 de dezembro.
  • Leonídeos – de 6 a 30 de novembro.
  • Geminídeas – de 4 a 17 de dezembro.

Você sabia?

  • Estima-se que o primeiro registro das Perseidas ocorreu em 36 d.C, durante a dinastia Han na China. 
  • De acordo com a tradição católica, as Perseidas são, na verdade, as “lágrimas de São Lourenço”. A história faz referência a , um santo que foi perseguido pelos romanos em 258 d. C. 
  • Se você deseja observar uma chuva de meteoros, o ideal mesmo é confiar nos seus próprios olhos. Como a passagem pelo céu é muito rápida, os telescópios e binóculos podem atrapalhar a visualização. 
  • Em setembro de 2020 foi encontrado um meteorito de quase 40 quilos na cidade de Santa Filomena, em Pernambuco. 

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