Resumo de Geografia - Geografia Econômica

Geografia Econômica

A Geografia Econômica é a área responsável pelo estudo da localização, distribuição e organização das atividades econômicas da Terra.

Seu principal objetivo é compreender de que forma essas questões influenciam o espaço geográfico e também o inverso, qual o impacto do meio nas manifestações produtivas.

A economia de uma região, por exemplo, é influenciada por diversos aspectos, entre eles a geologia, as questões político-sociais e o clima, que afetam diretamente a produtividade, seja por meio da disponibilidade de recursos naturais ou nas decisões econômicas. Esses e outros fatores são analisados pela Geografia Econômica.

Dessa maneira, esse campo de estudo tem um papel fundamental na sociedade, afinal de contas, a humanidade vive em um mundo globalizado e conectado ao capitalismo e, por isso, é necessário entender os aspectos espaciais das atividades econômicas em várias escalas.

História

A origem da Geografia Econômica foi marcada por paradigmas e transformações nos contextos econômicos e sociais da sociedade.

Karl Sapper (1866-1845) deu início a esses estudos que se consolidaram no século XX devido a necessidade de comerciantes e produtores da época em encontrar novos mercados para seus produtos, o que exigiu uma análise da economia em outras regiões, cidades e países.

Com o passar dos anos, essa área evoluiu e atualmente possui grande relevância para o desenvolvimento da economia.

Conceitos importantes

Para entender a Geografia Econômica e as suas áreas de estudo, é importante conhecer alguns conceitos importantes.

A economia é um deles. Ela pode ser definida como uma forma de organização social que visa garantir a produção de bens e serviços. Para que isso seja possível, a sociedade precisa manter a produção (recursos naturais, trabalho/mão de obra e capital/máquinas e infraestrutura) devido à constante ameaça de escassez, ou seja, se não houver uma organização para que a economia funcione, pode ocorrer a falta de alimentos e bens básicos.

Outro conceito que deve ser bem compreendido é o de meio ou espaço geográfico, que é um produto e condição da prática humana. É também um conjunto de sistemas interdependentes: sistemas de ações (tudo que é praticado) e sistema de objetos (tudo que é usado para fazer).

É importante destacar também o capitalismo, que é o sistema econômico baseado na lógica do capital (riqueza investida para gerar mais riqueza).

Áreas de estudo da Geografia Econômica

A Geografia Econômica possui três abordagens de estudo:

  • Geografia Econômica Teórica: tem como foco a construção de teorias sobre as relações espaciais e a distribuição das atividades econômicas.
  • Geografia Econômica Histórica: analisa a história do desenvolvimento econômico de um determinado espaço geográfico.
  • Geografia Econômica Regional: estuda as condições econômicas de determinada região.

Essas linhas de estudo podem ser aplicadas nas subdivisões da Geografia Econômica (Agrária ou Rural, Industrial e dos Transportes), que serão explicadas na sequência.

Subdivisão

A Geografia Econômica pode ser subdividida em:

  • Geografia Agrária ou Rural: é o estudo do meio rural e os aspectos das práticas humanas e das diversas formas de utilização desse meio, como a mineração, silvicultura, exploração turística e o manejo sustentável de recursos.
  • Geografia Industrial: é a análise das formações de indústrias nos espaços geográficos levando em consideração fatores naturais como energia, matéria-prima e clima.
  • Geografia dos Transportes: pesquisa as redes de transporte disponíveis em uma região, seja de carga ou deslocamento humano, com o objetivo de possibilitar desenvolvimento econômico e social.

Geografia Econômica na prática

A Geografia Econômica estuda a maneira como os diversos fatores (climáticos, político-sociais) afetam o fornecimento de recursos naturais na produção industrial, nos custos de transportes e no próprio processo de ocupação do solo.

Esse conjunto de fatores fornece informações sobre os padrões de comercialização, consumo, industrialização e prestação de serviços, além das redes de comunicação, energia e transporte, tanto em âmbito regional como global.

Para que as atividades dos setores primário (extração de recursos naturais), secundário (transformação dos bens extraídos do meio ambiente), terciário (bens intangíveis) e quaternário (serviços intelectuais) ocorram da maneira adequada, foi necessária a investigação da Geografia Econômica sobre a forma como as práticas humanas impactam nos recursos naturais.

Por meio do estudo de todos esses elementos, a Geografia Econômica possibilita o estabelecimento de relações entre o meio natural e as sociedades humanas, ressaltando as maneiras encontradas pela humanidade para se adaptar ao meio natural e extrair dele os recursos naturais utilizados para o seu desenvolvimento.

Atenção no Enem

A Geografia Econômica é um dos assuntos que podem cair no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, portanto, deve ser estudado com atenção.

Para a prova é importante compreender de que forma os fatores já citados nesse texto, como político-social e clima, influenciam a produção e transformação de um espaço geográfico e a economia.

Podem aparecer questões sobre os meios de modo e produção e as transformações das diversas economias, o impacto do desenvolvimento tecnológico, as desigualdades socioeconômicas, fluxos e capitais, blocos econômicos, além da globalização, que possibilita uma economia mais conectada e integrada com o aumento da internacionalização das relações econômicas e sociais.