Resumo de Educação Artística - Escultura Romana

Uma mistura de Realismo e Perfeição Clássica

A escultura romana se desenvolveu no centro do Império Romano, entre o século VI a.C. e o século V d.C. Inicialmente, essa expressão artística foi muito influenciada pelos povos etruscos, que vivam na Península Itálica, e durante o período helenístico, teve grande contribuição da escultura grega, produzida pelos povos que habitavam as colônias de Magna Grécia.
Como o Império Romano tinha um vasto território em volta do Mar Mediterrâneo, Europa e Ásia, havia um tráfego constante na região, o que favorecia um intercâmbio cultural. Embora tivesse contato com várias expressões artísticas, Roma tinha sua própria escola de arte. Os escultores romanos gostavam de trabalhar com pedra, vidro, terracota e metais preciosos, porém o que mais caracterizou suas obras foram os trabalhos realizados em bronze e mármore, presente na maior parte das esculturas. 
Quem se interessa em estudar a escultura romana pode se confundir um pouco, já que ela se relaciona muito com a escultura grega. Na escultura romana também era muito comum as cópias, inclusive, havia até escolas de ofício para cópias nas cidades de Roma e Atenas, onde os escultores produziam cópias em miniatura de obras gregas.
Os gregos permaneceram como as maiores referências nos cursos de escultura em Roma, mas engana-se quem pensa que os romanos apenas copiavam a arte grega. Muito pelo contrário! Além de ter a capacidade de reproduzir a arte escultórica grega, os escultores de Roma desenvolveram seus próprios traços e se mostraram muito hábeis nessa área. Atualmente, suas obras são utilizadas como um exemplo de técnica, principalmente no retrato, expressividade e realismo. 

Principais aspectos da Escultura Romana


Toda a obra escultórica romana foi marcada pelas influências dos gregos e etruscos. Essas duas grandes escolas desenvolveram a arte dos retratos, que reproduziam, com muitos detalhes, os patrícios, imperadores e tantas outras figuras emblemáticas que mereciam registro na história. 

Entretanto, foram os romanos que se aprofundaram nessa arte e produziram retratos ainda mais realistas. Eles tinham a preocupação de deixar as expressões faciais bem naturalistas, o mais próximo possível da realidade.


Os escultores romanos gostavam de representar em suas obras as divindades religiosas e mitológicas, relevos históricos e funerários (pelos quais ficaram conhecidos mundialmente), narrativas históricas e os retratos de personagens importantes.


Alguns escultores romanos também se basearam nas obras do período arcaico grego durante o século I. A escultura arcaica grega foi desenvolvida em meados de 650 a.C. e se estendeu até 480 a.C. Esse tipo de escultura era um pouco diferente, mais baseada nos cânones egípcios, onde predominavam as esculturas votivas masculinas (que estavam sempre nus), que ficaram conhecidas como e as femininas (sempre vestidas) eram chamadas de . 


Como os cânones eram mais rígidos, a posição monolítica com o pé esquerdo à frente, assim como no Egito, era predominante. Embora fosse uma cópia do que era produzido na civilização egípcia, os romanos também acrescentaram seus próprios traços como, por exemplo, o desenvolvimento da escultura de vulto redondo, uma técnica de escultura em três dimensões e que permitia que as obras fossem observadas de qualquer ângulo. Elas eram feitas em tamanho natural, pintadas com policromia e liberadas de pedra. 


De um modo geral, a escultura romana tem as seguintes características:

  • Influência da arte etrusca e grega, mas com características dos próprios romanos;
  • Não tinha um ideal de beleza, mas presava por representações realistas. O realismo é o aspecto principal em todas as esculturas, elas tinham detalhes como cicatrizes, rugas, demonstrações dos efeitos do tempo no rosto e do envelhecimento da pele;
  • Reproduções dos feitos realizados durante o Império Romano;
  • Obras que misturavam aspectos da escultura e arquitetura;
  • O busto humano está entre as obras que mais diferenciam a escultura romana das demais.


As Esculturas Romanas mais conhecidas


Quem deseja conhecer as esculturas mais famosas daquele período precisa visitar os museus de Roma. Na capital da Itália estão os museus mais valiosos, como o do Vaticano, os Museus Capitolinos e o Museu Nacional Romano, que possuem um vasto acervo das esculturas. A Galleria degli Uffizi, localizada em Florença também guarda uma parte significativa de bustos romanos. 


Nesses locais, além de poder ver de perto as esculturas da Roma Antiga, as pessoas podem conhecer toda a história daquele período. Nos Museus estão as obras mais famosas, principalmente as grandes estátuas de deuses, imperadores e outros heróis como, por exemplo, a Escultura equestre em bronze do imperador Marco Aurélio, da qual existe uma réplica no centro da praça do Capitólio. A estátua de Marco Aurélio a cavalo tem 3,53 m de altura.

Quem visita a cidade também pode ver o Colosso de Constantino ou como também é conhecida, a Cabeça colossal de Constantino, o Grande. A obra é do século IV e foi esculpida em mármore branco.


Embora o realismo fosse um aspecto importante das esculturas romanas, os imperadores eram retratados em estátuas bem imponentes, quase como se fossem deuses. A postura autoritária também era bem característica. Um exemplo que pode demonstrar isso é o da estátua de Augusto de Prima Porta

Augusto foi o primeiro imperador romano, sua escultura foi produzida em meados de 19 a.C. O escultor prezou por representar as feições reais do imperador e inclusive inseriu as ornamentas romanas na estátua. A obra também tinha o braço apontado para o horizonte, como se estivesse guiando seus súditos. 

 
Nos Museus Capitolinos também fica a Loba Capitolina, uma escultura de bronze, com dimensões aproximadamente naturais. Ela é considerada como parte da escultura etrusca, mais precisamente do escultor Vulca de Veios, mas pode ter outra origem. 


Além de reproduzir as alegorias históricas e os personagens mais importantes do período, a escultura romana também foi representada pelas estátuas de espíritos que protegiam as casas. Essas figuras eram esculpidas com cabelos longos, túnicas e sandálias talhadas em bronze. 


As lápides e os bustos também ficaram comuns durante um período. Quando os enterros tomaram o lugar das cremações, muitos familiares optaram por retratar o falecido e esculpir as lápides em pedra com narrativas da mitologia.

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