Resumo de Astronomia - Cometa Halley

Corpo celeste conhecido mundialmente

O cometa Halley tornou-se conhecido pelo seu tamanho, capacidade de brilho e visibilidade em relação ao planeta Terra – quando alcança o ponto mais próximo do Sol, a cada 75 a 76 anos, pode ser observado a olho nu. É também o primeiro corpo celeste definido como periódico, uma descoberta feita pelo astrônomo inglês Edmond Halley, que deu origem ao seu nome. 
Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o cometa teria sido visto inicialmente em 239 a.C. No entanto, foi apenas em 1907 que a sua órbita pôde ser calculada por Halley. A sua última aparição foi no ano de 1986, mas estipula-se que a próxima visita ao nosso planeta será em 2061. 

Os primeiros registros do cometa Halley

De acordo com alguns estudos astronômicos, os gregos antigos foram os primeiros povos a identificar o cometa Halley passando pelo céu terrestre, em 466 a.C. Tempos depois, no século I d.C, os judeus começaram a perceber o aparecimento do que chamaram de estrela a cada 70 anos. Em 1066, já no século XI, foi feito um registro da sua travessia durante a tentativa de conquista da Inglaterra por Guilherme II. Posteriormente, em 1531, o cometa foi descrito por Petrus Apianus e, em 1607, por Johannes Kepler. 
A partir dessas ocorrências, Edmond Halley conseguiu observar que todas tratavam-se do mesmo cometa e que ele retornava em determinados períodos. Com isso, previu a possibilidade de uma nova aparição em 1757. De fato houve a passagem do cometa Halley, mas apenas no ano seguinte – devido a força de atração gravitacional do planeta Júpiter e Saturno. Foi somente em 1910, por meio de auxílios tecnológicos, que a captura fotográfica do corpo celeste pôde ser feita, tornando-o famoso mundialmente. 
Já em 1986, por meio da sonda da ESA, imagens foram produzidas de uma distância em torno de 596 Km da Terra. Para 2061, acredita-se que poluição luminosa das cidades talvez comprometa a visibilidade do cometa Halley. 



Principais Características 

Apesar de parecer muito brilhante, o cometa Halley reflete somente 4% da luz que recebe. Isso acontece porque é um dos objetos mais escuros do espaço, sendo comparado com uma cor mais intensa que a de um carvão. Mesmo com pauca reflexão, o brilho da sua luminosidade é intenso e de cor branca. Esse efeito ocorre por causa da cauda, que pode se estender por milhões de quilômetros. 
Segundo cálculos da Nasa, a velocidade do cometa não é constante. No ano de 1910, passou próximo da superfície terrestre a 70,6 km/s. Já em 1986, alcançou a velocidade de 63,3 km/s. Além disso, sua órbita é elíptica, retrógrada – gira no sentindo contrário aos planetas – e inclinada 18 graus em relação com a órbita do Sol. 
O cometa Halley também possui um núcleo pequeno, composto por gelo, poeira e fragmentos rochosos, e de baixa densidade. Estas características levam a percepção que a sua parte nuclear é porosa e apresenta cerca de 4,6 bilhões de anos, o mesma idade do Sistema Solar. 
Quando realiza o processo de aproximação do Sol, sua temperatura pode atingir mais de 70 graus, provocando o aumento da cauda e na intensidade do brilho. Ainda de acordo com a Nasa, atualmente o Halley está a mais de 5 bilhões de quilômetros do Sol, o que representa mais de 30 vezes a distância entre a Terra e a nossa estrela central. Estima-se que apenas irá atingir o chamado afélio – ponto mais longe do Sol – no final de 2023. Ou seja, estará a 5,3 bilhões quilômetros de distância. 

Você sabia?

  • Durante a passagem do cometa Halley pelo planeta Terra são gerados fragmentos que resultam em duas chuvas de meteoros: a Eta Aquarids, que pode acontecer de abril a maio, e a Orionidas, no mês de outubro. 
  • Cientistas acreditam que o Halley permanecerá no Sistema Solar por mais 10 milhões de anos. Depois disso, poderá evaporar, se dividir em dois ou ser lançado para fora do Sistema. 
  • Após aparição em 2061, estima-se que a próxima visita do cometa será em 2134. Na ocasião, deve passar a aproximadamente 13, 9 milhões da Terra e com brilho de magnitute -2. Isso quer dizer que terá bastante luminosidade e visibilidade. 
  • No total, foram documentadas 30 passagens do cometa Halley pelo nosso planeta, confirmando a teoria de periodicidade. 

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