Resumo de Educação Artística - Arte na Pré-História

A arte na pré-história representa a maneira como os homens primitivos viviam e se comunicavam. Antes mesmo de conhecerem a escrita, eles já produziam desenhos de animais e pessoas em cenas de caça e rituais religiosos. Além disso, os primórdios produziam esculturas em madeira, ossos e pedras.

Os vestígios dessa fase só foram descobertos após vários estudos multidisciplinares realizados ao longos de anos com a intervenção de especialistas, tais como biólogos, arqueólogos, historiadores, paleontólogos e etc.

Mas, você sabe quanto tempo durou a pré-história?

Segundo os historiadores, a pré-história compreendeu aproximadamente 5 milhões de anos. Uma fase que começou com o surgimento dos primeiros seres humanos e se estendeu até o surgimento da escrita, cerca de 3.500 a.C. Nessa época, não havia nenhum tipo de organização urbana (cidades) ou civilização definida.

O que ajudou os estudiosos a entender e definir esse período foram os vestígios de ferramentas, objetos e desenhos deixados em cavernas. Assim, foi possível analisar a forma de vida desses povos, tentando desvendar a maneira como eles caçavam, se alimentavam e se comunicavam.

A fase pré-histórica foi dividida em três grandes períodos: Paleolítico, Neolítico e Idade dos metais. Conheça os destaques artísticos de cada um.

Período Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada

Essa fase começa com o surgimento do homem e vai até 10.000 a.C. Os homens do período Paleolítico eram chamados de nômades. Isso porque eles viviam buscando formas de sobreviver por meio da caça, da pesca, da coleta de frutos, sementes e raízes.

A arte na pré-história do período Paleolítico é marcada por pinturas rupestres, que eram realizadas fora das grutas e pela arte parietal, que representava as pinturas feitas no interior das cavernas. A principal característica de ambas pinturas era o naturalismo dos traços.

Os povos nômades costumavam pintar figuras de animais com lanças e facas atravessados ao corpo, pois eles visualizavam a imagem como uma maneira de incentivo para a próxima caça, além de representar a morte do espírito do animal.

As primeiras manifestações artísticas da sociedade paleolítica foram localizadas por meio de escavações arqueológicas realizadas a partir do século XX, sobretudo, na Ásia, África e Europa.

Além das pinturas, os homens paleolíticos produziam esculturas humanas, principalmente figuras femininas bastante volumosas, supostamente indicando a fertilidade.  Pois, acredita-se que a imagem feminina daquela época estava associada a rituais de sexualidade e fertilidade.

A arte rupestre encontrada nas cavernas foram feitas com o auxílio de instrumentos e ferramentas bem rudimentares como facas, machados, arpões, lanças, arcos, flechas, anzóis.

Outra característica que destacou esse período foi a o aprimoramento das técnicas de fogo. As primeiras faíscas, segundo historiadores, foram descobertas com a queda de raios. Anos depois, os nômades descobriram que era possível obter fogo por meio do atrito entre pedras.

Sendo assim, o fogo ajudou a proteger os primórdios contra o frio, a aquecer os alimentos (animais capturados), a iluminar os ambientes durante a noite, e espantar outros animais que os colocavam em risco.

Período Neolítico ou Idade da Pedra Polida

Nessa época, de 10.000 a.C a 5.000 a. C, a pedra era o objeto mais utilizado pelos homens. A arte na pré-história do período Neolítico aprimorou as técnicas de uso das pedras, que começaram a apresentar um aspecto mais polido.

As figuras representadas no Paleolítico tinham um caráter mais naturalista-realista enquanto que no período Neolítico percebia-se um certo abstracionismo. Com a descoberta da cerâmica, por meio da cozedura do barro, e o desenvolvimento da tecelagem, foi possível uma maior apuração de técnica artísticas.

Os temas abordados no período Neolítico estavam ligados ao cotidiano e à racionalização do homem. Prova disso foi o avanço alcançado através da sedentarização do homem e o desenvolvimento da agricultura.

Além de caçadores, os homens tornaram-se agricultores. Assim, eles começaram a cultivar os próprios alimentos e a domesticar os animais.

No período Neolítico foram criadas sociedades mais organizadas. Os trabalhos passaram a ser divididos, as relações sociais adquiriram mais importância, o que contribui bastante para o desenvolvimento da arte na pré-história.

Surgiram os primeiros abrigos e as casas construídas com pedras, tijolos e pedaços de madeiras. Por isso, o homem do período neolítico é considerado pelos estudiosos como um dos primeiros arquitetos da humanidade.

Entre as construções arquitetônicas, vale destacar a construção monumental de grandes blocos de pedra, conhecidas como “Estruturas Megalíticas”. Na fase pré-histórica elas faziam referência aos cultos de mortos e rituais de iniciação.

Em alguns países é possível encontrar construções que fazem referências às antigas Estruturas Megalíticas, como a Stonehenge, na Inglaterra, e o Cromeleque dos Almendres, em Portugal.

Idade dos Metais

Nesse momento que começa a partir de 5.000 a.C., a arte na pré-história começa a desenvolver outro aspecto com a descoberta dos metais. Logo, a Idade dos Metais marcou o desenvolvimento da metalurgia e expansão de técnicas de fundição.

Os homens aprenderam a forjar metais como o ferro, o bronze, o estanho e o cobre. Assim, os metais trouxeram uma precisão maior na fabricação de utensílios, instrumentos e ferramentas acompanhados do desenvolvimento de uma sociedade mais complexa.

O ferro foi o último metal descoberto, surgindo a partir de 1.500 a. C na Ásia. Embora ele tenha sido o mais difícil de se trabalhar, o ferro configurou uma das armas mais eficiente para a sociedade primitiva, além de representar um grande avanço para a arte na pré-história. Ele foi usado em guerras, caças e disputas por territórios com melhores pastos.

A arte na pré-história brasileira

No Brasil, existem estudos sendo realizados em vários sítios arqueológicos. Os principais estão localizados no interior do Piauí, região de São Raimundo Nonato. As pesquisas, coordenadas pela arqueóloga Niède Guidon, resultaram na descoberta de ossos de animais pré-históricos, artefatos de cerâmica, machados de pedra e milhares de pinturas rupestres.

Além dele, outro sítio arqueológico, que contribui para o estudo da arte na pré-história, fica localizado na Caverna da Pedra Pintada, município de Monte Alegre (margem do rio Amazonas). Pesquisas realizadas na década de 1990 revelaram a vida de grupos humanos pré-históricos que habitaram a região por volta de 11 mil anos atrás.

No local foram encontrados pinturas rupestres e pontas de lanças de pedras. No estudo da arte na pré-história, os arqueólogos dividem os habitantes desse período em três grupos: caçadores-coletores, povos agricultores e povos do litoral.

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