Resumo de Enfermagem - Alimentação Parenteral

Alimentação Parenteral

Alimentação Parenteral

A Alimentação Parenteral (AP) é uma terapia nutricional administrada por via intravenosa, indicada quando o trato gastrointestinal não pode ser utilizado para alimentação. É dividida em Parenteral Total (APT) (quando supre todas as necessidades nutricionais) e Parenteral Parcial (APP) (quando complementa a via enteral ou oral).

Indicações

  • Pacientes com disfunção intestinal grave (ex.: obstrução, síndrome do intestino curto).
  • Pancreatite aguda grave.
  • Queimaduras extensas.
  • Fístulas enterocutâneas de alto débito.
  • Intolerância à via enteral.

Composição

A solução de AP contém:

  • Macronutrientes: Aminoácidos (proteínas), glicose (carboidratos) e lipídios (gorduras).
  • Micronutrientes: Eletrólitos, vitaminas e oligoelementos.
  • Água: Para hidratação.

Vias de Administração

  • Via Periférica: Soluções menos concentradas (osmolaridade ≤ 900 mOsm/L), por curto prazo (≤ 14 dias).
  • Via Central (cateter venoso central): Soluções hiperosmolares, para uso prolongado.

Cuidados de Enfermagem

  • Monitorar sinais de infecção no sítio de inserção do cateter.
  • Controlar glicemia (risco de hiperglicemia).
  • Observar equilíbrio hidroeletrolítico e função renal.
  • Manter técnica asséptica durante manipulação.
  • Armazenar soluções conforme orientação (ex.: lipídios protegidos da luz).

Complicações

  • Infecciosas: Sepse relacionada ao cateter.
  • Metabólicas: Hiperglicemia, desequilíbrios eletrolíticos.
  • Mecânicas: Trombose venosa, pneumotórax (em inserção de cateter central).

Diferença entre AP e Alimentação Enteral

A Alimentação Enteral utiliza o trato gastrointestinal (sonda nasogástrica, nasoenteral, gastrostomia), enquanto a AP é administrada diretamente na corrente sanguínea.