Texto 1
“Anúncio: Meu amigo, sente-se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há mais ética, conceitos estéticos, nenhum objetivo mais profundo e mais humano a atingir? Sua vista está obnubilada por uma permanente poluição visual? O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone-nos imediatamente e destruiremos logo o seu aparelho de televisão. Já! Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
“Anúncio: Meu amigo, sente-se cansado, abatido, desmoralizado, com a consciência de que a vida não vale nada? Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há mais ética, conceitos estéticos, nenhum objetivo mais profundo e mais humano a atingir? Sua vista está obnubilada por uma permanente poluição visual? O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço? Não desespere: Telefone-nos imediatamente e destruiremos logo o seu aparelho de televisão. Já! Grátis: Sem televisão você será um homem inteiramente novo. Sem televisão você voltará a ver a vida como ela é.”
(Millôr Fernandes, Definitivo, Porto Alegre, LP&M, 1994)
Por meio do texto 1, o autor faz críticas à televisão como meio de comunicação. A crítica NÃO dedutível do segmento destacado é:
- A “sente-se...com a consciência de que a vida não vale nada?” / protesto contra a violência exposta em filmes e noticiários;
- B “Acha permanentemente que a vida perdeu todos os seus valores, que não há mais ética...?” / protesto contra a imoralidade de parte da programação;
- C “...que não há mais ... conceitos estéticos?” / protesto contra o mau-gosto de alguns programas;
- D “O mundo não passa de uma comercialização a qualquer preço?” / protesto contra a redução de tudo a produto comercial;
- E “...nenhum objetivo mais profundo e mais humano a atingir?” / protesto contra o superficialismo do meio.