TEXTO 3
SUJEITO INDIRETO
Quem dera eu achasse um jeito
de fazer tudo perfeito,
feito a coisa fosse o projeto
e tudo já nascesse satisfeito.
Quem dera eu visse o outro lado,
o lado de lá, lado meio,
onde o triângulo é quadrado
e o torto parece direito.
Quem dera um ângulo reto.
Já começo a ficar cheio
de não saber quando eu falto,
de ser, mim, indireto sujeito.
Paulo Leminski. Toda Poesia, 2013, P.205.
Nesse poema, claramente, Paulo Leminski enfrenta a ‘desordem’ da realidade e projeta sua provocativa utopia crítico-poética por meio de inversões. Assinale a alternativa cujos versos fazem referências invertidas a aspectos gramaticais de nossa língua.
- A Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito,
- B de não saber quando eu falto, de ser, mim, indireto sujeito.
- C Quem dera um ângulo reto.
- D Quem dera eu visse o outro lado, o lado de lá, lado meio,
- E onde o triângulo é quadrado e o torto parece direito.