Profundamente
[...]
Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci
Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?
— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.
(BANDEIRA, Manoel. Antologia poética.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. P.81. Fragmento.)
A segunda estrofe retoma o momento presente, evocado pelo advérbio “hoje”, que a inicia. A lista de familiares, associada à pergunta final (“Onde estão todos eles?”), cria o contexto necessário para que o verbo “dormir” ganhe um sentido figurado. Marque a alternativa que apresenta o sentido de “dormindo” nesse contexto:
- A cochilando.
- B morreram.
- C passando mal.
- D embriagados.