Na doença celíaca, o intestino delgado é afetado por uma resposta imune desencadeada pela ingestão de glúten — uma proteína presente no trigo, na cevada e no centeio. A maioria das pessoas com doença celíaca possui alterações genéticas nos genes do HLA (antígeno leucocitário humano). Essas alterações facilitam o reconhecimento de fragmentos do glúten pelas células de defesa chamadas células T CD4+. Esse reconhecimento dá início a uma resposta inflamatória intensa, com produção de citocinas (substâncias inflamatórias) que causam danos na mucosa do intestino delgado, como mostrado na figura abaixo.
Fonte: https://www.dietvsdisease.org/wp- content/uploads/2017/03/What-is-Celiac-Disease.png (adaptado)
Além disso, ocorre a ativação das células B, outro tipo de célula do sistema imune. Elas passam a produzir anticorpos específicos, como:
• anticorpos anti-transglutaminase tecidual e
• anticorpos anti-endomísio (EMA).
Esses anticorpos podem ser detectados no sangue do paciente e são úteis para o diagnóstico da doença. Com base nessas informações, foram elaboradas as seguintes afirmações:
I. Pessoas que ingerem glúten e desencadeiam respostas inflamatórias intestinais terão resultados negativos para o exame de detecção de anticorpos anti-transglutaminase tecidual e anticorpos anti-endomísio.
II. A doença celíaca é um processo alérgico que ativa a destruição das células do intestino grosso quando o doente ingere derivados de trigo, cevada e centeio em grandes quantidades.
III. Pode-se deduzir que alterações genéticas específicas nos genes do HLA podem levar o indivíduo a sofrer com problemas digestórios de absorção de nutrientes, o que está relacionado às vilosidades intestinais.
Está correto o que se afirma em:
- A I, apenas.
- B II, apenas.
- C III, apenas.
- D I e III, apenas.
- E I, II e III.