Leia o texto.
Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá argumentos astronômicos para tentar mostrar isso: o geocentrismo. Para entender esses argumentos, é necessário lembrar que, na Antiguidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam distribuídas sobre uma superfície esférica, cujo raio não parece ser muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Nesse caso, o céu visível à noite deve abranger, de cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite, de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a Terra estivesse longe do centro da esfera estelar, então o campo de visão à noite não seria, em geral, a metade da esfera: algumas vezes poderíamos ver mais da metade, outras vezes poderíamos ver menos da metade do zodíaco, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidência astronômica parece indicar que a Terra está no centro da esfera de estrelas. E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas.
Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentarius de Nicolau Copérnico - adaptado.
Considere o período a seguir, retirado do texto:
▀ “E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas”.
Assinale a alternativa correta em relação ao período.
- A O pronome oblíquo átono está em próclise obrigatória.
- B O período é composto por duas orações subordinadas adversativas.
- C Nas duas vezes em que aparece, a partícula “se” exerce a mesma função sintática, dentro das orações a que pertence.
- D Na expressão “às estrelas” a crase em “as” foi usada de modo optativo.
- E Na expressão “olhando às estrelas no céu”, comparada à expressão “em relação às estrelas”, também apresenta uso facultativo da crase em “as”.