Texto II
Era uma vez... numa terra muito distante... uma princesa linda, independente e cheia de autoestima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então a rã pulou para o seu colo e disse: - linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!
( Luis Fernando Veríssimo )
No texto II, a palavra autoestima, de acordo com o acordo ortográfico vigente, deixou de ter hífen, porque:
- A prefixo e o sufixo são tônicos na última e na primeira sílaba, respectivamente.
- B nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente.
- C segue o mesmo padrão de regras das palavras coautor, plurianual e dia a dia.
- D o prefixo auto, com o sentido de corroborar o que se afirma no segundo termo (estima), deixa de ter hífen para dar maior ênfase.
- E a palavra autoestima sempre foi utilizada sem o hífen.