Questão 1 Comentada - Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) - Papiloscopista - FUNIVERSA (2015)

Os novos Sherlock Holmes trocaram as lupas por luzes forenses. São lanternas portáteis ou lâmpadas de maior porte que emitem luzes de diferentes comprimentos de onda, ajudando a revelar coisas que normalmente passariam despercebidas. As fibras sintéticas ficam fluorescentes na maioria dos comprimentos de onda, especialmente nos 300 nanômetros da luz ultravioleta. Já materiais orgânicos, como fibras de algodão, saliva, urina, sêmen e ossos, ficam opacos e esbranquiçados sob a luz negra. “Investigando um caso de estupro, analisei o banco de um carro sem sinais evidentes. Com a luz, pude ver e coletar uma amostra de sêmen e identificar o material genético que incriminou um suspeito”, diz uma perita da Polícia Científica de São Paulo.

Mas isso não é nada perto do que já é possível fazer com impressões digitais. Sim, porque a coleta dessas provas essenciais não é tão simples quanto parece. A maioria delas não é visível a olho nu, e, muitas vezes, era impossível identificá-las.

Superfícies molhadas, por exemplo, sempre foram uma barreira para os peritos. Problema resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas em um pó que reage com a gordura deixada pelas digitais mesmo na presença de água. Depois, é só iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a digital, brilhante, está pronta para ser registrada numa foto.

O próximo desafio é tirar impressões digitais de pele humana, tarefa que está sendo pesquisada por cientistas norte-americanos. Eles desenvolveram um equipamento portátil que realiza uma técnica conhecida por espectroscopia de superfície aumentada. O método já mostrou que funciona, mas o instrumento é feito com nanofios revestidos de prata que ainda não dão resultados muito nítidos. O grupo trabalha para melhorar esse revestimento e chegar a uma impressão digital mais evidente, que possa ser revelada com uma fotografia na própria cena do crime.

Ao mesmo tempo, segundo a revista Science, impressões digitais em superfícies molhadas e em pele humana estão prestes a ser reveladas por um único equipamento, que vaporiza uma mistura de moléculas de metanol e água carregadas eletricamente sobre a área investigada. Em contato com a mistura, cada superfície emite íons específicos. Captados por um aparelho, esses sinais são transformados em unidades de imagem, como se fossem pixels. O resultado é uma versão digital da marca dos dedos, produzida em poucos segundos. E o mais incrível é que o aparelho também distingue substâncias em que o autor da marca tenha tocado antes, como drogas, pólvora, metais e substâncias químicas em geral. O kit básico de trabalho de campo de um perito criminal ainda vai ganhar mais um forte aliado nos próximos anos, com a chegada ao mercado de um gravador portátil de imagens em 3 dimensões, apresentado por cientistas de um centro de pesquisas alemão. Com ele, os peritos não precisarão mais esperar o gesso secar para conseguir um molde de uma pegada ou marca de pneu. Bastará tirar uma foto com o equipamento e a imagem em 3D poderá ser passada para um computador para comparações. O gravador também poderá ser útil para filmar cenas de crime em locais públicos, onde não se tem chance de preservar a cena por muito tempo: bastará reconstruir o ambiente virtualmente e estudá-lo com mais calma no laboratório.



Assinale a alternativa em que a reescritura do terceiro parágrafo do texto, além de estar gramaticalmente correta e coerente com as ideias apresentadas, atende às exigências de formalidade de um relatório.

  • A À exemplo das superfícies molhadas, que sempre foram uma barreira para os peritos, o problema foi resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, que são usadas em um pó que reage com a gordura produzida pelas digitais mesmo na presença de água. Depois disso, somente se ilumina a região desejada com luz ultravioleta, podendo, então, a digital, brilhante, ser registrada numa fotografia.
  • B A barreira das superfícies molhadas para os peritos, por exemplo, foi resolvida com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, que, usadas em um pó, reage com a gordura deixada pelas digitais mesmo na presença de água. Depois desse processo, deve-se apenas iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a digital, brilhante, estará pronta para ser registrada fotograficamente.
  • C Superfícies molhadas, por exemplo, que sempre representaram empecílio para os peritos, é resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas em um pó que reage com a gordura que deixa as digitais ainda na presença de água. Depois disso, é suficiente iluminar a região desejada com luz ultravioleta, estando a digital, brilhante, pronta a ser registrada numa foto.
  • D As superfícies molhadas, por exemplo, sempre foram uma barreira para os peritos, mas o problema foi resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas em um pó reajente com a gordura das digitais na presença de água, após o que é bastante iluminar a região desejada com luz ultravioleta e a digital brilhará, estando pronta para ser registrada numa foto.
  • E O problema que os peritos enfrentavam com superfícies molhadas, por exemplo, foi resolvido com o desenvolvimento de nanopartículas de óxidos de zinco, usadas em um pó que reage com a gordura proveniente das digitais, mesmo na presença de água. Após a utilização desse pó, basta iluminar a região desejada com luz ultravioleta, e a digital, brilhante, poderá ser fotografada.