Questão 27 do Concurso Prefeitura de Içara-2 - Engenheiro Civil - Unesc (2025)

O ambicioso projeto britânico de tirar gás carbônico do mar


O pequeno programa piloto, conhecido como SeaCURE, é financiado pelo governo do Reino Unido como parte de sua busca por tecnologias que combatam as mudanças climáticas.

Há um amplo consenso entre os cientistas do clima de que a principal prioridade é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a principal causa do aquecimento global.

Muitos cientistas também acreditam que parte da solução precisa envolver a captura de alguns dos gases que já foram liberados.

Estes projetos, conhecidos como captura de carbono, geralmente se concentram em retirar emissões na fonte ou extraí-las da atmosfera.

O que torna o SeaCURE interessante é que ele testa se pode ser mais eficiente extrair do mar o carbono que aquece o planeta, já que ele está presente em concentrações maiores na água do que na atmosfera.

O projeto tenta descobrir se a remoção do carbono da água pode ser uma forma econômica de reduzir a quantidade na atmosfera de CO2, gás que causa o aquecimento global.

O SeaCURE processa a água marinha para remover o carbono antes de bombeá-la de volta para o mar, onde absorve mais CO2.

O professor Tom Bell, do Laboratório Marinho de Plymouth, explica que o processo começa com o tratamento de parte da água do mar para torná-la mais ácida. Isso faz com que o carbono dissolvido na água se transforme em gás e seja liberado na atmosfera como CO2.

"Quando você abre um refrigerante, e ele espuma, é o CO2 que sai", afirma Bell. "O que fazemos é espalhar a água do mar por uma grande superfície. É como derramar uma bebida no chão, e permitir que o CO2 saia da água do mar muito rapidamente." O CO2 que emerge no ar é sugado e depois concentrado, usando cascas de coco carbonizadas, prontas para serem armazenadas.

Em seguida, a água do mar com baixo teor de carbono recebe a adição de álcali para neutralizar o ácido adicionado, e é bombeada de volta para um riacho que deságua no mar.

Uma vez de volta ao mar, ela começa imediatamente a absorver mais CO2 da atmosfera, contribuindo de forma sutil para a redução dos gases de efeito estufa.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cly14j0wjg4o.adaptado.


As marcas de textualidade são elementos que garantem a articulação e o sentido de um texto. Entre elas, destacam-se a coesão, que organiza as partes do texto por meio de conectivos e referências; a coerência, que assegura a lógica e a progressão das ideias; e a intertextualidade, que estabelece diálogos com outros textos, ampliando significados (KOCH, 2002).
A respeito das marcas de textualidade presentes no texto base, assinale a alternativa correta.

  • A A presença de termos técnicos e científicos compromete a coerência textual, dificultando o entendimento e impedindo a progressão informacional adequada.
  • B A metáfora do refrigerante constitui uma marca de intertextualidade, pois remete a um discurso alheio anterior ao texto, emprestando-lhe autoridade e valor científico.
  • C A utilização do conectivo "O que torna o SeaCURE interessante é que..." evidencia um mecanismo coesivo que introduz uma justificativa argumentativa coerente com os objetivos do projeto, reforçando a progressão temática do texto.
  • D O uso repetido da expressão "gás que causa o aquecimento global" compromete a coesão textual, gerando redundância sem função semântica clara.
  • E O texto apresenta intertextualidade explícita ao mencionar a Unesco como entidade de validação dos projetos ambientais.