Lobo Bobo
João Gilberto
Era uma vez um lobo mau
Que resolveu jantar alguém
Estava sem vintém
Mas arriscou
E logo se estrepou
Um chapeuzinho de maiô
Ouviu buzina e não parou
Mas lobo mau insiste
E faz cara de triste
Mas chapeuzinho ouviu
Os conselhos da vovó
Dizer que não pra lobo
Que com lobo não sai só
Lobo canta, pede
Promete tudo, até amor
E diz que fraco de lobo
É ver um chapeuzinho de maiô
Mas chapeuzinho percebeu
Que o lobo mau se derreteu
Pra ver você que lobo
Também faz papel de bobo
Só posso lhe dizer
Chapeuzinho agora traz
O lobo na coleira
Que não janta nunca mais
Lobo bobo
Na estrofe “Lobo canta, pede /Promete tudo, até amor/ E diz que fraco de lobo /É ver um chapeuzinho de maiô”, o “E” funciona, semanticamente, do mesmo modo que
- A o E, em “Mas se arriscou/ E logo se estrepou”.
- B o E, em “Mas lobo mau insiste/E faz cara de triste”.
- C o MAS, em “E faz cara de triste /Mas chapeuzinho ouviu”.
- D o E, em “Um chapeuzinho de maiô/Ouviu buzina e não parou”.
- E o MAS, em “Mas chapeuzinho percebeu/ Que o lobo mau se derreteu”.