Prova da Prefeitura de João Alfredo - Cirurgião Dentista - ADM&TEC (2025) - Questões Comentadas

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Nos casos de retratamento endodôntico em dentes que receberam um núcleo metálico fundido, a remoção do retentor e da obturação do canal pode tornar-se complexa. Marque a alternativa CORRETA sobre a abordagem de um dente com núcleo intrarradicular que necessita de nova terapia endodôntica.

  • A Agir diretamente no interior do canal sem tocar no núcleo metálico, pois qualquer contato com o retentor metálico coloca em risco a coroa clínica remanescente.
  • B Cortar o núcleo intrarradicular em partes com alta rotação, prescindindo de resfriamento durante o desgaste, pois a dissipação de calor não interfere na integridade do ligamento periodontal.
  • C Realizar planejamento radiográfico detalhado, desgastar o núcleo de forma controlada, usar ultrassom ou brocas adequadas para expor e liberar o trajeto do canal, de modo a permitir a remoção do material obturador infectado.
  • D Indicar exodontia imediata quando o canal está obstruído por pino metálico, já que o alargamento endodôntico se inviabiliza.

Ao examinar crianças pequenas, há situações em que o cirurgião-dentista avalia a extração de dentes decíduos devido a lesões profundas. Em certos casos, porém, a exodontia pode causar prejuízos na oclusão futura. Marque a alternativa CORRETA sobre o critério para decidir a extração de um dente decíduo com cárie extensa.

  • A Suprimir o dente ao menor indício de exposição pulpar, apostando que o espaço no arco se manterá pela acomodação fisiológica.
  • B Esperar sinais radiográficos de rizólise avançada associada a raiz fraturada, presumindo reparo espontâneo sem qualquer intervenção.
  • C Avaliar a possibilidade de tratamento restaurador com pulpectomia e manutenção do elemento até a época de esfoliação natural, considerando o impacto funcional e oclusal.
  • D Optar pela exodontia toda vez que surgirem cáries de dentina profunda, independentemente de viabilidade endodôntica.

Em uma campanha de saúde bucal para idosos, alguns apresentam xerostomia severa decorrente de polimedicação. Esse quadro aumenta o risco de cáries radiculares e dificuldade na mastigação. Marque a alternativa CORRETA sobre a conduta odontológica a ser adotada.

  • A Verificar possíveis substituições medicamentosas com o médico, associar saliva artificial ou protocolos de estimulação salivar, propor restaurações adequadas em raízes expostas e reforçar a higiene adaptada.
  • B Limitar o uso de dentifrícios fluoretados, afirmando que a xerostomia não prejudica a integridade do esmalte e da dentina.
  • C Indicar exodontias em todos os dentes com raízes expostas, pois a salivação reduzida anula qualquer tratamento restaurador duradouro.
  • D Restringir a consulta a enxaguatórios alcoólicos, presumindo que ardor e sensibilidade regridam com o tempo.

Na anestesia local, a escolha do sal anestésico e da concentração de vasoconstritor interfere na segurança do paciente. Marque a alternativa CORRETA sobre cuidados farmacológicos ao aplicar anestésicos locais em pessoas com hipertensão não controlada.

  • A Injetar quantidade alta de anestésico com elevado teor de adrenalina, ignorando o risco de sobrecarga cardiovascular.
  • B Pesquisar o histórico pressórico e, se estiver acima de limites considerados críticos, postergar o tratamento eletivo até obter controle clínico, usando formulações com baixa adrenalina e monitorando sinais vitais.
  • C Optar por anestesia sem vasoconstritor em doses ilimitadas, presumindo ausência de efeitos sistêmicos relevantes.
  • D Oferecer anestesia geral no consultório a qualquer paciente com hipertensão, substituindo a técnica local.

Em cirurgias periodontais avançadas, o risco de exposição das bifurcações e maior complicação no preparo cirúrgico demandam conhecimentos de anatomia do periodonto. Marque a alternativa CORRETA sobre a anatomia aplicada em cirurgias de acesso em molares inferiores.

  • A Inserir retalhos rasos, sem relevância para a configuração radicular, pois a anatomia radicular não influencia a remoção de tártaro.
  • B Avaliar a presença de concavidades e bifurcações, adequar a delimitação do retalho e a curetagem subgengival, considerando o formato radicular, facilitando a descontaminação e o posterior reparo tecidual.
  • C Criar um acesso único no lado lingual, independentemente do ponto de maior acúmulo de tártaro, pois as estruturas periodontais se distribuem de modo uniforme.
  • D Optar por osteotomia aleatória para remoção de crista alveolar, sem mapeamento prévio de raízes, assumindo que as emergências radiculares são sempre lineares.