Prova da Câmara de Araraquara - Professor Licenciatura Educação Especial - Instituto Consulplan (2025) - Questões Comentadas

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Considerando o percurso argumentativo do texto, depreende-se que a articulista defende que:

  • A A proposição de um manual de letramento racial mobiliza processos de conscientização, que são o primeiro passo para viabilizar mudanças na estrutura da língua.
  • B A língua, como um produto social, imprime em seu sistema modificações advindas das demandas de seus falantes, inseridos em um contexto social, histórico e cultural.
  • C O (auto)monitoramento das escolhas lexicais desencadeia um processo de reflexão capaz de gerar nos falantes o desejo de alteração nas estruturas linguísticas vigentes.
  • D As mídias sociais têm papel fundamental no processo de mudança do sistema linguístico, já que são veículos detentores de grande poder de persuasão sobre a sociedade.
  • E A utilização de vocabulário preconceituoso favorece a discussão acerca de uma cultura linguística discriminatória, que se manifesta na fala e, posteriormente, nas ações.

No texto, o principal questionamento instaurado pela autora está relacionado ao fato de:

  • A A duplicação de palavras (masculina e feminina) contribuir para a prolixidade nos discursos.
  • B Os usuários da língua selecionarem as palavras como forma de manipular as relações sociais.
  • C As mudanças linguísticas serem (in)capazes de promover transformações nas interações sociais.
  • D As alterações nos hábitos linguísticos motivarem a elaboração de um manual de letramento racial.
  • E O compêndio de termos politicamente corretos determinar transformações no vocabulário da língua.

O único par de termos que, de acordo com o texto, NÃO apresenta viés discriminatório é:

  • A “caixa-preta” e “mãe solo”.
  • B “buraco negro” e “deficiente”. 
  • C “mãe solteira” e “todos e todas”.
  • D “nuvens cinza” e “pessoa eleitora”.
  • E “denegrir” e “pessoa com deficiência”.

É possível inferir do 5º§ que:

  • A O termo “deficiente” salienta a limitação imposta por uma condição; já o termo “pessoa com deficiência” enfatiza a superação dessa condição.
  • B O comportamento das pessoas apenas mudará quando o sistema linguístico incorporar ao seu vocabulário termos não discriminatórios.
  • C A troca “deficiente” por “pessoa com deficiência” foi incapaz de engendrar um processo de conscientização que alterasse a atitude das pessoas.
  • D A sigla PcD foi amplamente adotada pelos usuários da língua, sobretudo nos textos escritos, com o propósito de facilitar e agilizar a comunicação.
  • E A sigla PcD obteve grande adesão por parte dos usuários da língua e, por isso, tem sido mais utilizada do que a expressão “pessoa com deficiência”.

A supressão da(s) vírgula(s) acarretará sensível alteração de sentido somente em:

  • A “É a coletividade representada pelos falantes que determina o que muda e o que não muda, o que tem cabimento e o que não tem.” (8º§)
  • B [...] algum tempo, tribunais eleitorais vinham usando com insistência a construção ‘eleitores e eleitoras’ e também ‘pessoa eleitora’.” (6º§)
  • C “Nesse caso, talvez o ideal fosse a supressão do adjetivo: já que não se diz ‘mãe casada’ ou ‘mãe viúva’, por que dizer ‘mãe solteira’?” (4º§)
  • D “A motivação é das melhores; só não sabemos ainda se isso vai contribuir, de fato, para o fim do racismo e dos demais preconceitos.” (3º§)
  • E “Personagens de novela, que geralmente aparecem na trama fazendo merchandising de produtos, passaram a vender também as lições civilizatórias da cultura ‘woke’.” (2º§)