Prova do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IF-RJ) - Engenheiro Florestal - IF-RJ (2010) - Questões Comentadas

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A área de preservação permanente tem sido assunto de discórdia entre ambientalistas e ruralistas.

A proposta de mudança no Código Florestal, sobre APP, apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que melhor atende aos ruralistas, especifica que

  • A todos os cursos d'água não devem ter margem florestada, e sim culturas agrícolas, devido principalmente à facilidade de acesso à água para irrigar as culturas.
  • B em cursos d'água de até 10 metros de largura a margem tenha 30 metros de florestamento, de 10 a 50 metros a margem tenha 50 metros, de 50 a 200 metros a margem tenha 100 metros, de 200 a 600 metros a margem tenha 200 metros e num rio acima de 600 metros de largura, a margem florestada tenha 500 metros.
  • C todos os cursos d'água tenham somente 30 metros de florestamento, exceto as lagoas que não devem ter florestas em torno, para proteger a beleza do espelho d'água.
  • D todos as nascentes devem ter florestamento de 500 metros de raio, para preservar a nascente e gerar comida para pássaros e animais silvestres.
  • E em cursos d'água de até 6 metros de largura, a margem tenha 10 metros de florestamento, de 6 a 8 metros a margem florestada tenha 15 metros, e num rio acima de 8 metros, tenha 30 metros de margem florestada.

Segundo o Código Florestal Brasileiro (Lei N.º 4.771, de 15 de setembro de 1965), a largura da área de preservação permanente nas margens de cursos d'água é determinada conforme o seguinte critério:

  • A em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, atendendo às exigências mínimas de largura, segundo a largura do curso d'água, estabelecidas pelo Código Florestal vigente.
  • B margem do rio, onde a água termina e começa a ocorrer terra firme.
  • C margem do rio, onde a água termina e começa a ocorrência de barro.
  • D margem do rio, onde a água termina e começa a ocorrer terra mais ou menos firme.
  • E nível mais alto: nível alcançado por ocasião da cheia sazonal do curso d água perene ou intermitente.

Quando se observa a destruição da vegetação e, por consequência, a destruição, remoção ou expulsão da fauna; a perda ou remoção da camada de solo fértil, ou, ainda, sua cobertura afetando a vazão e qualidade ambiental dos corpos superficiais e/ou subterrâneos d'água; estamos diante de uma situação de degradação de uma área, que refletirá nas características físicas, químicas e biológicas dessa área, afetando seu potencial socioeconômico.

                                                                                                                                       Martins, 2009.

Diante de situações que se assemelhem a essa, e dentro de sua função como Engenheiro Florestal, a medida mais racional será 

  • A se for uma voçoroca, recomendar a aplicação de técnicas silviculturais, agronômicas e de engenharia para conter o processo erosivo, mas sem se preocupar com as causas, uma vez que elas dependem da análise de especialistas em Meteorologia e Solos.
  • B recomendar a construção de algum imóvel no local, para aproveitar melhor a área sem gastar muito.
  • C recomendar o abandono da área e buscar uma que não apresente tais características.
  • D recomendar a aplicação, de acordo com o grau de degradação, de técnicas silviculturais, agronômicas e de engenharia, visando à recomposição topográfica e revegetação da área, para que a mesma retorne a uma forma de utilização que atenda ao plano pré-estabelecido para uso do solo.
  • E na recuperação de áreas degradadas, não devemos dar muita atenção à diversidade de espécies nativas, nem à sustentabilidade do ecossistema, recomendando, de preferência, a implantação de espécies de rápido crescimento, que trazem rápida rentabilidade ao pequeno agricultor.

Segundo Martins (2009), a conservação do solo consiste em dar o uso e o manejo adequado às suas características químicas, físicas e biológicas, visando à manutenção do equilíbrio. Através das práticas de conservação, é possível manter a fertilidade do solo e evitar problemas comuns, como a erosão e a compactação.

 Assim, NÃO é correto afirmar que

  • A a aração com trator, morro abaixo, consiste em uma técnica que deve ser recomendada para o preparo do solo em áreas muito íngremes.
  • B o reflorestamento tem vários efeitos benéficos, como a filtragem de sedimentos; a proteção das barrancas e beiras de rio; a melhoria na macroporosidade do solo devido à grande profundidade e ao grande volume de raízes e, também, a diminuição do escoamento superficial da água no solo.
  • C os terraços são sulcos ou valas construídas transversalmente à direção do maior declive, sendo construídos basicamente para controlar a erosão e aumentar a umidade do solo.
  • D os terraços apresentam as seguintes vantagens: diminuir a velocidade e o volume da enxurrada; diminuir as perdas de solo; aumentar o conteúdo de umidade no solo devido à maior infiltração de água.
  • E a adubação verde é uma prática em que se cultivam determinadas plantas, com a finalidade de incorporá-las ao solo, proporcionando melhorias nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.

Elaborar um projeto é, antes de tudo, contribuir para a solução de problemas, transformando ideias em ações.

O roteiro que deve conter um projeto bem elaborado e que melhor contribuirá para atender à afirmação apresentada pode conter estes tópicos

  • A Título do projeto; resumo; população e amostragem; controle de variáveis; instrumento de pesquisa e técnicas estatísticas.
  • B Identificação do projeto (elaboração do pré-projeto); formulação e estudos de pré - viabilidade e viabilidade; busca de recursos e obtenção do financiamento; acompanhamento e avaliação do projeto.
  • C Título do projeto; caracterização do problema; pessoas com vocação; boa articulação social e política; visibilidade e sustentabilidade e transparência.
  • D Título do projeto; resumo; caracterização do problema e justificativa; revisão bibliográfica; objetivos gerais e específicos; metas; metodologia; cronograma; orçamento; referências; apêndices e anexos.
  • E Experiência da população; experiência do profissional; recursos disponíveis; escolha da atividade; interesse dos envolvidos e perspectivas de lucro.