Analise o excerto, que aproxima a especialização do trabalho industrial ao filme Tempos Modernos, lançado em 1936, dirigido e protagonizado por Charles Chaplin.
A manufatura, diz Marx, “estropia o trabalhador e faz dele uma espécie de monstro, favorecendo, como numa estufa, o desenvolvimento de habilidades parciais, suprimindo todo um mundo de instintos e capacidades”. [...] Em Tempos Modernos são excelentes as cenas em que o corpo alcança uma condição automatizada, com movimentos precisos e ritmo regular. Procurando mostrá-lo como mais uma peça da engrenagem, o personagem de Chaplin perde o controle, tornando-se puro movimento automático das mãos. [...] Carlitos, enlouquecido, puro movimento automático, [persegue] uma mulher pela rua, ao confundir botões de seu vestido com os parafusos que deve apertar.
(Carlos Alberto Vesentini, “História e ensino: o tema do sistema de fábrica visto através de filmes”. In: Circe Maria Fernandes Bittencourt (org.) O saber histórico na sala de aula, 1998)
A comparação, veiculada pelo excerto,
- A permite a avaliação em sala de aula dos efeitos socialmente positivos do aumento da produtividade industrial.
- B opõe-se à proposta de utilização de conteúdos culturais diversos como procedimento pedagógico em salas de aula.
- C confirma aos olhos dos estudantes a superioridade da análise científica da sociedade sobre as expressões ficcionais.
- D incorpora à sala de aula o conteúdo programático revolução industrial inexistente na grade curricular de história.
- E demonstra a possiblidade de emprego didático de linguagens artísticas em discursões teóricas.