Questões de Redução de Danos (Psicologia)

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A estratégia de Redução de Danos (RD), que completa trinta anos no Brasil, representa um passo na superação dessa visão simplificadora sobre o uso de substâncias psicoativas, uma vez que incentiva o protagonismo e autonomia do usuário, resgatando sua condição de sujeito. Sobre essa estratégia, marque a alternativa correta:

  • A As profissionais do sexo, travestis e os usuários de drogas foram proibidas de participar das capacitações de RD no trabalho de campo, pois eram vistos como “grupos de risco”.
  • B A estratégia da RD recorre a julgamentos morais ou práticas criminalizadoras e punitivas.
  • C Os Programas de Redução de Danos (PRD) não tinham vínculo com o financiamento da Política Nacional de DST-AIDS.
  • D Em 1997 é criada a Associação Brasileira de Redutores de Danos (ABORDA), que, em âmbito nacional, discute a RD em diversos fóruns, propondo políticas públicas para drogas. Então, a RD consolidase no país, pautada no protagonismo dos usuários e no exercício da cidadania e do controle social das políticas públicas sobre álcool e outras drogas.
  • E As estratégias de RD consideram as pessoas que fazem uso de drogas (lícitas ou ilícitas) como sujeitos de direitos e buscam garantir seu acesso às políticas públicas (saúde, educação, cultura, trabalho, etc.) de modo integral. Uma perspectiva da educação guiada pela RD evidenciaria os riscos envolvidos nos usos de drogas e a atenção deve ser construída em nome desse sujeito e não com ele.

O que caracteriza a abordagem de redução de danos nos serviços substitutivos:

  • A Ignorar completamente os danos associados ao uso de substâncias psicoativas.
  • B Adotar práticas que buscam minimizar os danos associados ao uso de substâncias psicoativas, reconhecendo a complexidade do fenômeno das dependências.
  • C Aumentar os danos para conscientizar os usuários.
  • D Proibir o uso de substâncias psicoativas sem exceções.

No contexto da redução de danos, qual é o principal objetivo dessa abordagem em relação ao uso de drogas:

  • A Promover a abstinência total do uso de drogas.
  • B Minimizar os efeitos negativos do uso de drogas, priorizando a diminuição de riscos e danos.
  • C Incentivar o uso indiscriminado de drogas como forma de reduzir danos à saúde do usuário.
  • D Fornecer assistência apenas aos usuários que desejem parar de usar drogas.
  • E Estigmatizar os usuários de drogas como forma de dissuasão ao seu consumo.

“Podemos afirmar sem medo que as drogas fazem parte da experiência humana. Em todas as sociedades e épocas existe registro da utilização de substâncias psicoativas com as mais diferentes funções: em rituais, em atos sagrados, em práticas curativas, ou mesmo por razões recreativas e lúdicas.”
(Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas, CFP, 2019).
Com relação às atuais considerações sobre as políticas públicas dirigidas ao uso de álcool e outras drogas, é correto afirmar que

  • A as políticas proibicionistas estão baseados em dados epidemiológicos e evidências científicas.
  • B há quase três séculos os estados nacionais entendem o uso de drogas como um perigo para toda a sociedade.
  • C a política repressiva, chamada internacionalmente de guerra às drogas, incide igualitariamente em toda a população.
  • D ao longo da história as políticas de drogas também serviram de engrenagem para o racismo e a violência de Estado.
  • E as drogas ilícitas são hoje as principais responsáveis pelos danos e agravos à saúde coletiva.

Larissa, 19 anos, usuária de crack em situação de rua em uma grande metrópole, costuma ser atendida pela equipe do programa Consultório na Rua. Larissa foi encontrada desorientada e com sintomas psicóticos, sugerindo um quadro de intoxicação aguda pela droga, e a equipe avaliou oportuno que ela ficasse temporariamente sob observação.
De acordo com a organização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a internação de Larissa poderá ser feita

  • A em leito de curta permanência no próprio Consultório na Rua.
  • B em leito de longa permanência no hospital de custódia de referência.
  • C em leito de emergência do NASF de abrangência daquele território.
  • D em leito do CAPSi jovem, que abrange a faixa etária de 18 a 21 anos.
  • E em leito do CAPS AD III ou do CAPS AD IV, caso já esteja implantado.