Questões de Mobilidade Urbana (Engenharia de Transportes e Trânsito)

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Considerando o papel fundamental da infraestrutura de transportes de passageiros para o desenvolvimento urbano e a melhoria da mobilidade, é necessário avaliar a capacidade das redes de transporte em atender a diferentes demandas populacionais e garantir a sustentabilidade do sistema. A Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012) orienta que os sistemas de transporte público devem ser planejados e implementados, considerando a integração entre os diferentes modais e as características desejadas do transporte. Nesse contexto, a infraestrutura de transportes de passageiros desempenha um papel importante na criação de sistemas de transporte eficientes e adequados às necessidades da população. Trata-se de uma característica fundamental da infraestrutura de transportes para o planejamento da produção de sistemas de transporte de passageiros:

  • A Ser pensada apenas para grandes centros urbanos, uma vez que as regiões periféricas não apresentam uma demanda significativa por transporte público.
  • B Ser desenvolvida sem a preocupação com a acessibilidade de pessoas de mobilidade reduzida, uma vez que os custos de adaptação para elas são elevados.
  • C Ser planejada exclusivamente para o transporte rodoviário, sem considerar a integração com outros modais de transporte, pois isso irá garantir maior eficiência no uso dos recursos disponíveis.
  • D Garantir a integração entre os modais de transporte, como ônibus, metrô/trem, aviação e sistemas de ciclovias, de forma a atender às necessidades de mobilidade de diferentes grupos sociais e minimizar o tempo de viagem.

Um engenheiro de tráfego está analisando o fluxo de veículos em uma rodovia para planejar possíveis melhorias na infraestrutura ou propor a concessão dela. Ele precisa calcular um indicador que representa a média dos volumes de veículos que circulam durante vinte e quatro horas em um trecho da via ao longo de um ano. O profissional indica que devem ser feitas contagens classificatórias e conversão dos carros em carros tipos para poder padronizar eixos que poderão ser cobrados no pedágio, caso seja decidido conceder a rodovia. A definição e a adoção do indicador correto são essenciais para prever receitas de pedágios e estabelecer prioridades de investimentos. Considerando a literatura científica de tráfego, assinale a alternativa que demonstra o nome desse indicador.

  • A Volume da 30ª Hora (VH30).
  • B Unidade de Tráfego Misto (UTM).
  • C Volume Horário de Projeto (VHP).
  • D Volume Médio Diário Anual (VMDa).

O planejamento da produção de sistemas de transporte de passageiros é utilizado para garantir a mobilidade eficiente e sustentável, atendendo tanto as necessidades da população quanto as demandas logísticas. Esse planejamento deve ser realizado considerando fatores desejados entre os modais e, para usuários, otimização dos recursos disponíveis. O Brasil propôs, a nível nacional, a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012) e as diretrizes do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT). Esses instrumentos carregam o planejamento de produção de sistemas de transportes de passageiros no seu bojo e servem como norte para técnicos adotarem abordagens adequadas aos seus problemas rotineiros. Nesse sentido, é correto afirmar que o planejamento de sistemas de transportes de passageiros deve:

  • A Ser realizado sem consultar a população, já que os técnicos especializados podem determinar as melhores soluções desconsiderando as opiniões dos usuários.
  • B Considerar a integração entre modais, a acessibilidade para todos os usuários e a sustentabilidade ambiental, com base em estudos de demanda, análise de viabilidade econômica e impacto social.
  • C Ser baseado unicamente nas necessidades de transporte destinados a centros econômicos, excetuando a demanda das áreas periféricas, já que nas áreas centrais está concentrada a maior parte dos usuários.
  • D Concentrar-se exclusivamente na ampliação da frota de veículos, ignorando a integração com outros modais de transporte ou as necessidades de acessibilidade da população. O problema enfrentado pelo técnico é puramente numérico.

Para o desenvolvimento de estudos de planejamento urbano, frequentemente se utiliza o modelo de quatro etapas. Trata-se de um modelo de transportes que se baseia em dados socioeconômicos e de uso e ocupação do solo para estimar as matrizes de origem e destino de viagens. A grande vantagem desse método é que ele permite prever o crescimento das viagens na cidade, a partir da expansão dos indicadores socioeconômicos e de uso e ocupação do solo do município. Algumas dessas etapas usam modelos de escolha discreta, outras usam modelos de crescimento e alternativas que a literatura acadêmica melhora a cada ano. Com base na proposta tradicional, sem as mudanças atuais, são etapas que fazem parte desse modelo, EXCETO:

  • A Observação modal.
  • B Geração de viagens.
  • C Alocação de tráfego.
  • D Distribuição de viagens.

O analista de transportes de uma cidade de médio porte do interior do estado recebeu uma solicitação para fazer o estudo de um novo sistema de transporte público, pois o município enfrenta desafios como congestionamentos em horários de pico, baixa oferta de transporte coletivo e alto custo de deslocamento para os cidadãos. A proposta prévia é de implementar um sistema de transporte integrado, combinando ônibus de faixa exclusiva e bicicletas compartilhadas. Considerando o planejamento de sistemas de transporte, assinale, a seguir, a melhor abordagem para a análise da viabilidade desse projeto.

  • A Substituir a proposta por um aumento na frota de veículos particulares, pois isso irá reduzir o tempo de deslocamento dos cidadãos sem necessidade de investimento público em transporte coletivo; realizar estudos e acompanhamento do aplicado para verificar a viabilidade.
  • B Priorizar a implementação das bicicletas compartilhadas como solução principal, pois esse modal é sustentável e de baixo custo operacional, eliminando a necessidade de investimentos em infraestrutura viária e qualquer estudo prévio, pois o importante é sanar rapidamente o problema.
  • C Realizar estudos de demanda; avaliar os impactos sociais e ambientais antes da implementação; delimitar cenários de implementação do novo sistema com horizontes temporais; fazer análises de custo-benefício ou de viabilidade financeira da proposta para o município e encaminhar para o órgão.
  • D Implementar imediatamente o sistema de ônibus em faixas exclusivas, sem necessidade de estudos prévios, visto que a experiência de outras cidades demonstra a eficiência desse modelo de transporte e não necessita fazer nenhum estudo prévio, basta transladar a experiência da outra cidade para essa.