Piorski (2016) observa, referindo-se aos brinquedos construídos pela própria criança, que inicialmente “inexiste interesse maior da criança pela aparência do brinquedo, mesmo aqueles de matéria mole que permitem facilidade na construção”.
Para o autor, isso se dá porque
- A a construção do brinquedo, para a criança, tem função exclusivamente motora, sendo o processo de manipulação dos materiais mais relevante do que a dimensão imaginativa.
- B o interesse da criança pelo brinquedo está diretamente ligado ao material utilizado, de modo que brinquedos de matéria mole são menos valorizados visualmente.
- C a criança tem um interesse maior pela substância e menor pelo resultado, uma satisfação com a narrativa própria da imaginação.
- D a criança sofre com a incapacidade de adiar o prazer, optando por uma versão apressada do objeto e ignorando a sua forma, quando seu trabalho não é mediado pelo adulto.
- E a criança ainda não desenvolveu seus parâmetros estéticos suficientemente e, portanto, tem capacidade limitada de avaliação das aparências dos objetos.