Leia o excerto a seguir.
Os defensores da língua de sinais para os surdos afirmam que é só de posse desta, considerada "natural", adquirida em qualquer idade, que o surdo constituirá uma identidade surda, já que ele não é ouvinte.
Fontes: MOURA, M. C. de. O surdo: caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter/Fapesp, 2000. PERLIN, G. Identidades surdas. In: SKLIAR, C. (Org.).
As pessoas com a identidade surda
- A nasceram ouvintes e tiveram a perda auditiva. A partir disso, começam a aprender a Língua Brasileira de Sinais e vão adentrando, progressivamente, na comunidade surda.
- B são oralizadas e sabem falar e escrever, não interagem com outros surdos e não participam da comunidade surda. Em vez disso, optam por adotar uma identidade ouvinte e estar com pessoas ouvintes dentro da mesma comunidade.
- C são oralizadas e cresceram sendo integrantes da comunidade ouvinte, até que, em determinado momento da vida, conhecem a comunidade surda, veem seus membros sinalizando por meio da LIBRAS e se sentem interessados em pertencer àquele grupo.
- D não aceitam a comunicação oral nem demonstram interesse nesse método. Como resultado, elas frequentam grupos e organizações para surdos, se sentem parte da comunidade surda e consomem mídia que ofereça interpretação/tradução em LIBRAS.