Questões de Educação dos Surdos (Libras)

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Leia o excerto a seguir.


Os defensores da língua de sinais para os surdos afirmam que é só de posse desta, considerada "natural", adquirida em qualquer idade, que o surdo constituirá uma identidade surda, já que ele não é ouvinte.


Fontes: MOURA, M. C. de. O surdo: caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter/Fapesp, 2000. PERLIN, G. Identidades surdas. In: SKLIAR, C. (Org.).


As pessoas com a identidade surda 

  • A nasceram ouvintes e tiveram a perda auditiva. A partir disso, começam a aprender a Língua Brasileira de Sinais e vão adentrando, progressivamente, na comunidade surda.
  • B são oralizadas e sabem falar e escrever, não interagem com outros surdos e não participam da comunidade surda. Em vez disso, optam por adotar uma identidade ouvinte e estar com pessoas ouvintes dentro da mesma comunidade.
  • C são oralizadas e cresceram sendo integrantes da comunidade ouvinte, até que, em determinado momento da vida, conhecem a comunidade surda, veem seus membros sinalizando por meio da LIBRAS e se sentem interessados em pertencer àquele grupo.
  • D não aceitam a comunicação oral nem demonstram interesse nesse método. Como resultado, elas frequentam grupos e organizações para surdos, se sentem parte da comunidade surda e consomem mídia que ofereça interpretação/tradução em LIBRAS.

Leia o excerto a seguir.

O documento “A Educação que Nós Surdos Queremos” (FENEIS, 1999) foi produzido por lideranças da comunidade surda durante o Pré-Congresso de 1999. Esse evento antecedeu o V Congresso Latino-Americano de Educação Bilíngue para Surdos, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre (RS). Segundo Lopes (2007, p. 33), o documento apresentava a explanação sobre o modo “como os surdos gostariam de ser narrados; diretrizes surdas para educação (desde a educação infantil); discussões acerca da Língua Brasileira de Sinais; o direito a intérpretes e a necessidade do reconhecimento, pelo Estado, da LIBRAS como uma língua oficial.

Fonte: KRAEMER, Graciele Marjana; LOPES, Luciane Bresciani; ZILIO, Virgínia Maria. Formação docente e educação de surdos no Brasil: desafios para uma proposta educacional bilíngue. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 33, p. 1-17, 2020. 


Em relação à educação de surdos, há uma construção de planos e políticas educacionais pautada na Lei nº 

  • A 13.146/2015 e no Decreto nº 6.253/2007.
  • B 10.436/2002 e no Decreto nº 5.626/2005.
  • C 14.176/2021 e no Decreto nº 11.370/2023.
  • D 14.191/2021 e no Decreto nº 10.502/2020.

Leia o trecho a seguir.

O oralismo tem sido e continua sendo, ainda hoje, em boa parte do mundo, a ideologia dominante dentro da educação dos surdos. A concepção do sujeito surdo ali presente diz respeito exclusivamente a uma dimensão clínica — a surdez como deficiência, os surdos como sujeitos patológicos — numa perspectiva terapêutica — a surdez deve reeducar-se e/ou curar-se, os surdos devem ser reeducados e/ou curados. E a conjunção de ideias clínicas e de ideias terapêuticas conduziu, historicamente, a uma transformação progressiva e sistemática do contexto escolar e de suas discussões e enunciados, em contextos médico-hospitalares.

Fonte: LANE, 1993 apud In: SKLIAR, C.B. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998. p. 51-73.


Tal fato pode ser constatado quando, em 1988, os diretores das mais renomadas escolas para surdos da Europa propuseram acabar com

  • A o gestualismo e dar lugar à palavra falada.
  • B as pressões geradas pelas políticas de integração social e escolar.
  • C as representações do imaginário social acerca dos surdos e da surdez.
  • D a participação da comunidade de surdos no debate linguístico e pedagógico.

. Como dispõe o Decreto N.º 5.626, de 22 de dezembro de 2005, a formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em curso de graduação de licenciatura plena em Libras ou em Letras;

  • A Libras/Língua Portuguesa como segunda língua.
  • B Libras/Língua Portuguesa como segunda língua, com o acréscimo de especialização lato sensu em Educação Bilíngue.
  • C Libras/Língua Portuguesa como segunda língua, com o acréscimo de especialização lato sensu em Educação Especial.
  • D Libras/Língua Portuguesa como segunda língua, com o acréscimo de especialização lato sensu em Educação Especial com ênfase em Libras.

De acordo com a Lei N.º 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), entende-se como Libras a forma de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de natureza

  • A visual-gráfica, com estrutura gramatical própria que constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
  • B visual-motora, com estrutura gramatical própria que constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
  • C visual-motora, com estrutura gramatical própria que constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos das pessoas ouvintes do Brasil.
  • D visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas e ouvintes do Brasil.