Questões de Da Prisão Preventiva (Direito Processual Penal)

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De acordo com o Código de Processo Penal Brasileiro, (…) ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de prisão cautelar ou em virtude de condenação criminal transitada em julgado. (…) (original sem destaques). A respeito da prisão preventiva no ordenamento jurídico brasileiro, é correto afirmar que:

  • A Poderá o magistrado substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o preso for maior de setenta anos.
  • B Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada de ofício pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
  • C Nos termos do Decreto-Lei nº 3.689/1941, que instituiu o Código de Processo Penal brasileiro, será admitida prisão preventiva nos crimes culposos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos.
  • D Será admitida quando existir dúvida sobre a identidade civil do indivíduo ou quando esse não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.

O Ministério Público denunciou Genivaldo pelo crime de homicídio culposo e requereu sua prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal, pois não havia nos autos prova de que ele exercesse atividade laborativa no distrito da culpa nem de sua residência fixa.
Ao analisar a denúncia, o juiz:

  • A não poderá decretar a prisão preventiva de Genivaldo, pois ela é incabível no caso concreto;
  • B poderá decretar a prisão domiciliar de Genivaldo em substituição à prisão preventiva requerida;
  • C poderá decretar a cautelar de recolhimento domiciliar no período noturno em substituição à prisão preventiva;
  • D poderá decretar a prisão temporária de Genivaldo em substituição à prisão preventiva;
  • E não poderá decretar a prisão preventiva de Genivaldo, podendo decretar a sua internação provisória.

Em relação à prisão preventiva e aos efeitos da sentença absolutória, julgue o item que se segue. 


De acordo com as recentes decisões dos tribunais superiores, o juiz, ao receber o auto de prisão em flagrante para o controle de legalidade, pode converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, se preenchidos os requisitos estabelecidos no Código de Processo Penal, independentemente de requerimento do Ministério Público ou de representação da autoridade policial. 

  • Certo
  • Errado

Considere as seguintes situações hipotéticas de pessoas que estão presas preventivamente:

-Marilda, gestante, cometeu crime de roubo juntamente com outros três indivíduos e mediante emprego de arma de fogo.
-Ricardo, único responsável pelos cuidados do seu filho Mateus, de 10 anos de idade, cometeu crime de estelionato.
-Rodolfo, 75 anos de idade, cometeu crime de concussão.
-Giselda, mãe de dois filhos (Renato de 13 anos e Gael de 14 anos) cometeu crime de “lavagem” de bens, previsto na Lei nº 9.613/1998.

Nos termos preconizados pelo Código de Processo Penal, presentes 05 demais requisitos legais, o juiz poderá, em tese, substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar APENAS para:

  • A Marilda e Giselda.
  • B Marilda, Rodolfo e Giselda.
  • C Ricardo, Rodolfo e Giselda.
  • D Ricardo e Rodolfo.
  • E Ricardo.

Michele é presa em flagrante por roubo no dia 20/03/2024. Apesar da gravidade em abstrato do crime, o Ministério Público se manifesta pela liberdade provisória da investigada. A juíza plantonista decreta a prisão preventiva de Michele. Sobre o caso, analise as asserções abaixo:
I. A decisão da magistrada está equivocada.
PORQUE
II. Apesar de previsão legal expressa permitir a decretação da prisão preventiva de ofício, o entendimento jurisprudencial pacífico é pela impossibilidade de decretação da prisão preventiva sem provocação.
Sobre as asserções acima e a relação entre elas, assinale a alternativa correta.

  • A A asserção I é correta, e a II é falsa, logo não serve de justificativa para a primeira.
  • B A asserção I é falsa, e a II é verdadeira, mas não justifica a primeira.
  • C As asserções I e II são verdadeiras, servindo a última de justificativa para a primeira.
  • D As asserções I e II são verdadeiras, mas a última não serve de justificativa para a primeira.
  • E As asserções I e II são falsas, portanto a segunda não serve de justificativa para a primeira.