Resumo de Português - Vogal, semivogal e consoante

Vogal, semivogal e consoante são os elementos básicos que todo ser humano aprende desde os primeiros momentos na escola.

São a vogal, semivogal e consoante que constituem o conjunto de palavras que é usado na fala e na escrita. 

Na Língua Portuguesa, o alfabeto oficial é formando por vinte e seis letras, vogais e  consoantes.

A vogal, semivogal e consoante são fonemas da língua portuguesa. Isto é, são as unidades de som que são produzidas nas palavras.

As letras do alfabeto representam os fonemas. Ou seja, vogal, semivogal e consoante são os sons emitidos nas palavras.

Vogal, semivogal e consoante: o que é vogal?

As vogais são fonemas sonoros, ou sons laríngeos, produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Dessa forma, esses fonemas pronunciados não encontram obstáculos na passagem de ar, chegando ao exterior sem fazer ruído.

Além disso, a vogal é o elemento fundamental e indispensável para formar as sílabas, pois elas desempenham o papel de núcleo da sílaba. Isto quer dizer que em toda sílaba existe apenas uma vogal.

As vogais são: a, e, i, o, u. Elas são classificadas quanto à zona de articulação, o papel das cavidades bucal e nasal, a intensidade e o timbre.

Zona de articulação

  • Média: a língua fica baixa, quase não se move, quase em repouso. Exemplo: a (ave).
  • Anteriores ou palatais: a língua é elevada em direção ao céu da boca (palato duro). Exemplos: é, ê, i (fé, vê, ri).
  • Posteriores ou velares: a língua é elevada em direção ao véu palatino (palato mole). Exemplos: ó, ô, u (nó, avô, tatu).

Papel das cavidades bucal e nasal

  • Orais: o ar sai apenas pela boca. Exemplos: a, é, ê, i, ó, ô, u (ato, sé, vê, vi, só, fogo, uva).
  • Nasais: são vogais anasalados, pois o ar sai pela boca e pelas fossas nasais, o nariz. Exemplos: ã, e, i, õ, u (fã, bonde, dente, lindo, nunca). Todas são pronunciadas com o som de tio (~).
  • Tônicas: são pronunciadas com maior intensidade, o som é mais forte. Exemplos: até, bola, gelo, dó, luz.

Intensidade

  • Subtônicas: arvorezinha, cafezinho, esplendidamente, comodamente.
  • Átonas: o som é pronunciado com menos força, o som é mais fraco. Exemplos: mole, lição, lado, lugar, lençol.

Timbre

  • Abertas: como se fossem acentuadas com o acento agudo. Exemplos: a, é, ó (lata, pó, lá, pé, cipó).
  • Fechadas: como se fossem acentuadas com o acento circunflexo: Exemplos: ê, ô, i, u e todas as nasais (mês, vê, amor, vi, luta, cru, sã, lenda).
  • Reduzidas: vogais átonas orais ou nasais (vela, vale, vital, sapo, unido, andei, então).

Vogal, semivogal e consoante: o que é semivogal?

As semivogais são fonemas que não são vogais, ou seja, elas aparecem junto a vogal em uma sílaba.

São chamados de semivogais porque se unem a uma vogal para formar uma sílaba. Isto quer dizer que elas não são pronunciadas de forma tão intensa como as vogais.

Algumas vezes, os fonemas “i” e “u” são semivogais. A diferença entre a vogal e a semivogal é que a vogal soa com mais nitidez, mais clareza que a semivogal. Além disso, não assume o papel de núcleo silábico.

Exemplos: vai, andei, ouro, água, papai, biscoito, saudade, história, série, mão, pão, etc.

Entenda melhor: na palavra “papai”, a letra “a” é a vogal, pois ela é pronunciada com mais intensidade e a letra “i” é a semivogal que é pronunciada com menor intensidade.

Vogal, semivogal e consoante: o que é consoante?

Consoante é tudo que não for semivogal ou vogal. O alfabeto da língua portuguesa tem 21 consoantes, são elas: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, y, w, z.

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela boca. Ou seja, consoantes são verdadeiros “ruídos“, e não são capazes de atuar como núcleos silábicos.

Consoante significa que elas consoam, soa com, isto é, soa com vogais.  Dessa forma se torna impossível pronunciar uma consoante sem se apoiar em uma vogal.

Assim como as vogais, as consoantes também são classificadas conforme os critérios do ponto de articulação, modo de articulação, função das cordas vocais e função das cavidades bucal e nasal.

  • Ponto de articulação: é o local em que a consoante é articulada, ou seja, onde os órgãos entram em contato para emitir o som. Podendo sem bilabial, alveolar e velar ou palatalização e faringealização caso haja influência de mais de um ponto.
  • Modo de articulação: é a maneira com que os fonemas são emitidos. Podendo ser oclusivas e constritivas, sendo que as constritivas podem ser fricativas, laterais e vibrantes.
  • Função das cordas vocais: é o mecanismo de passagem da corrente de ar. Se as cordas vocais vibrarem, é formada uma consoante sonora, caso contrário, se trata de uma consoante surda.
  • Função das cavidades bucal e nasal: se o ar sair pela boca, as consoantes serão orais, mas se o ar for pelas fossas nasais, elas serão nasais (m, n, nh).

Vogal, semivogal e consoante: outras classificações das consoantes

Desses critérios aparecem outras classificações para as consoantes, veja algumas abaixo:

  • Oclusivas: são aquelas que são articuladas com completo bloqueio da saída do ar: tio, pai.
  • Constritivas: são aquelas que são articuladas com parcial bloqueio da saída do ar: fio, rio.
  • Sonoras: são aquelas que são articuladas e provocam a vibração das cordas vocais: gola, rua.
  • Surdas: são aquelas que  são articuladas e não provocam nenhuma vibração das cordas vocais: pato, faca.
  • Orais: são aquelas que são articuladas em que a corrente de ar passa somente através da boca: cama, navio, lenha.
  • Nasais: são aquelas que são articuladas em que a corrente de ar passa pela boca e pelas fossas nasais: cama, navio, lenha.

Vogal, semivogal e consoante: dígrafo

Dígrafo é quando duas letras, geralmente consoantes, se juntam para formar um único fonema.

Exemplos: CH – Chave, LH – Malha, NH – Amanhã, RR – Barraca, SS- Sessão, SC – Crescente, QU – Quarto, GU – Agulha e XC - Excesso.

Vogal, semivogal e consoante: dígrafo X encontro consonantal

O dígrafo e o encontro consonantal podem ser confundidos, já que ambos podem ser formados por duas consoantes, mas são diferentes.

Os encontros consonantais acontecem quando duas consoantes se juntam e as duas são pronunciadas, ou seja, formam dois fonemas.

Exemplo: PR - Praia, CL - Clarear, BL – Blazer, BR – Brisa, TR – Trato, etc.

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