Resumo de Geografia - Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto (PIB) é a representação em valores monetários dos bens e serviços finais, podendo ser calculado por cidades, estados ou países. Esse cálculo pode ser feito para analisar um período específico (mês, semestre, ano, etc.) para identificar a economia de determinada região.

Nessa contagem, só é considerada os bens e serviços finais, sendo excluído todos os bens de consumo intermediários como mão de obra, matérias-primas, impostos, energia, entre outros. Isso acontece para evitar que haja uma dupla contagem dos valores.

O cálculo do PIB é padronizado para todos os países. Essa padronização feita pelo Manual de Contas Nacionais foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial, a Comissão das Comunidades Europeias, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 1993.

O cálculo é feito da seguinte forma:

PIB = C + I + G + (X – M)

Detalhamento da fórmula de cálculo:

C: Consumo

I: Investimento

G: Gastos

X: Importação

M: Exportação

Está incluso nesse cálculo a soma do mercado interno, assim como os investimentos feitos pelas empresas. Além disso, é acrescido nesse valor os gastos governamentais realizados na região em questão, analisando os valores obtidos pelas exportações diminuídas com as importações.

Análises feitas a partir do Produto Interno Bruto (PIB)

Entre as análises que podem ser feitas através do PIB estão:

  • Traçar a evolução do PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano;
  • Fazer comparações internacionais do tamanho das economias dos diversos países;
  • Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes) – que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de um país, se todos recebessem partes iguais.

Portanto, é possível perceber que o PIB é utilizado para indicar a situação econômica de determinada região. Ele serve para compreender um país, porém não analisa a destruição de renda, qualidade de vida, educação e saúde.

Um país pode ter um PIB baixo, como a Islândia, e ter um altíssimo padrão de vida. Diferente da Índia, que possui um Produto Interno Bruto alto e um padrão de vida considerado baixo.

Tabela de PIB’s dos estados brasileiros

Como exemplo, confira a tabela do PIB dos estados brasileiros de 2016: 

Local  PIB em 2016 (em R$)
Acre 13.751 milhões
Alagoas 49.456 milhões
Amapá 14.339 milhões
Amazonas 89.017 milhões
Bahia 258.649 milhões
Ceará 138.379 milhões
Distrito Federal 235.497 milhões
Espírito Santo 109.227 milhões
Goiás 181.692 milhões
Maranhão 85.286 milhões
Mato Grosso 123.834 milhões
Mato Grosso do Sul 91.866 milhões
Minas Gerais 544.634 milhões
Paraná 401.662 milhões
Paraíba 59.089 milhões
Pará 138.068 milhões
Pernambuco 167.290 milhões
Piauí 41.406 milhões
Rio de Janeiro 640.186 milhões
Rio Grande do Norte 59.661 milhões
Rio Grande do Sul 408.645 milhões
Rondônia 39.451 milhões
Roraima 11.011 milhões
Santa Catarina 256.661 milhões
Sergipe 38.867 milhões
São Paulo 2.038.005 milhões
Tocantins 31.576 milhões

PIB per capita

PIB per capita é analisada através do produto interno bruto dividido pela quantidade de habitantes de um país. Ele é muito utilizado como indicador na macroeconomia, pois é através dele que se verifica a teoria de que quanto mais rico é o país mais seus cidadãos se beneficiam.

O PIB possui apenas uma consideração e é possível que o PIB aumente enquanto os cidadãos ficam mais pobres. Isso ocorre porque o PIB não considera o nível de desigualdade de renda das sociedades.

O que não entra no cálculo do PIB

Alguns itens em que a produção é de difícil medição não entram no cálculo do PIB, como: bens produzidos pelo mercado informal e, muito menos, aspectos colaterais como danos ambientais e socioeconômicos.

Isso acontece também nos casos de bens e serviços que são produzidos, mas que não dependem de uma transação de compra e venda.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realiza alguns ajustes para quantificar isso. Nos casos de serviços promovidos pelo Estado, como saúde, segurança, educação, entre outros, mesmo não havendo transações de compra e venda, esse quantitativo entra para a base de cálculo do PIB brasileiro.

O mesmo acontece nos casos em que há pagamento da compra de uma residência. Se você mora em uma casa e paga aluguel, há uma transação em que você paga pelo serviço de moradia. Mas se você compra a casa, a transação desaparece, mas o serviço continua lá. E, portanto, deveria contar no PIB. Nesse caso, O IBGE calcula qual seria o aluguel da casa, com base em casas semelhantes, e o acrescenta no resultado do PIB.

Utensílios produzidos pelo mercado informal não possuem registros oficiais de transação de compra e venda, sem uma medida precisa de produção. Isso se tornou um grande problema para os países em desenvolvimento. E essas atividades ilegais fazem parte da lista de produções que não integram a conta do PIB.

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