O parto normal, também conhecido como parto vaginal, é quando a saída do feto do corpo da sua mãe ocorre de forma natural para o bebê, ou seja, por meio do canal vaginal.
Por exigir menor intervenção cirúrgica do que o parto cesárea, a recuperação para a mãe e para o bebê costumam ser mais rápidas. Na cesárea o bebê é retirado por meio de um corte abdominal.
Dilatação, expulsão e equitação: processos naturais
Após o período gestacional (aproximadamente 38 semanas), a mulher poderá ter a bolsa rompida. Nesse momento é encaminhada para o parto, pois a placenta se rompe e o líquido amniótico começa a ser expedido em grande quantidade.
Pode-se, então, considerar que ela está em trabalho de parto, sendo que esse processo pode durar até 14 horas.
O trabalho de parto passa por algumas etapas, são elas: a dilatação, que se refere ao espaço da passagem do bebê; a expulsão, que é o momento do nascimento e a equitação, saída da placenta.
Conheça mais sobre esses processos:
Dilatação
A dilatação é necessária para que o feto tenha espaço suficiente para sair do corpo da mãe.
Nesse processo, acontece uma abertura que vai do colo do útero até a saída da vagina.
Existem duas fases dentro da dilatação: a latente e a ativa. A fase latente é a parte inicial do trabalho de parto. Nela, existem contrações com leves dores irregulares. Algumas mães não sentem dores, apenas a barriga dura. Nesse estágio a dilação ainda é pouca: mais de 1 centímetro.
Na fase ativa a dilatação ultrapassa 4 centímetros. Geralmente acontece uma intensa contração de 10 em 10 minutos. Esse intervalo diminui e a intensidade de dor aumenta até que se completem 10 centímetros de dilatação. Esse processo pode durar entre 6 a 12 horas.
Expulsão
Essa parte do parto normal não dura mais do que 1 hora. É de fato o nascimento do bebê, quando ele sai da vida uterina para o mundo externo.
Para a mulher, é o momento de mais dor, mas também é o mais rápido.
Dequitação
Após a saída do bebê, as contrações ainda existem, mas não há mais dores. Nesse processo a placenta descola do corpo da mulher.
Essa saída acontece entre 5 e 30 minutos depois do nascimento.
Benefícios do parto normal
O parto normal é uma experiência intensa para uma mulher, principalmente para as mães de primeira viagem.
Apesar das dores e de todo o esforço, o próprio corpo se encarrega de liberar hormônios de prazer: a endorfina e a serotonina. O pico é quando o parto termina e quando a mãe segura nos braços o filho pela primeira vez. Especialistas dizem que nesse momento a dor é esquecida.
O ser humano aprimora muitas coisas, e o parto cesárea é um exemplo disso. Hoje em dia um bebê e sua mãe podem ter as vidas salvas por essa intervenção. Porém, o parto natural é o procedimento mais adequado e indicado pelos médicos quando não há risco para mães e bebês, justamente por exigir menor intervenção.
Com o parto normal a mãe:
- Perde menos sangue;
- Traz benefícios também para o bebê que pode nascer e já ser amamentado.
Quando o parto normal não é a melhor opção
Existem diversos casos onde o parto normal não é aconselhado pelo médico, para não interferir na saúde da mãe e do bebê.
Portadoras de HIV, câncer de colo de útero, HPV e sífilis, por exemplo, não podem ter parto vaginal, pois o contato do bebê com as mucosas da vagina transmitem as doenças para ele.
Mulheres com útero invertido, canal vaginal muito estreito e outras patologias que podem dificultar o parto normal deixando ele mais traumático também são orientadas para o parto cesárea.
Episiotomia
A episiotomia é uma intervenção médica que era muito usada durante os anos 60 como algo necessário para o parto normal. No procedimento, o médico corta o períneo (região entre a vagina o ânus) para aumentar o lugar da passagem do bebê.
Essa prática foi contestada a partir dos anos 70, mas ainda é feita indiscriminadamente.
O corte do períneo só é indicado quando o próprio bebê pode rasgar a região enquanto passa.
Saiba mais sobre detalhes do parto normal com o médico Bruno Jacob:
Parto humanizado
O parto humanizado é também uma forma da mulher ter o parto normal sem nenhuma grande intervenção humana, como cortes ou pressão na barriga, apenas seguindo os processos naturais. Pode ser feito em casa ou no hospital.
Quando a mulher opta pelo parto humanizado, ela tem como objetivo evitar traumas além dos necessários para ela e o bebê, evitando, por exemplo, a episiotomia.
Além do corte indevido do períneo, existem outras práticas que o parto humanizado restringe: apertar a barriga da mulher, dar pontos além do necessário no períneo (após a episiotomia), além de zelar belo ambiente calmo e seguro.
É importante que a decisão sobre o parto seja realizada em comum acordo entre mãe e médico. Apenas o profissional saberá avaliar os riscos e encontrar a melhor alternativa.