As abelhas são insetos voadores considerados de extrema importância para polinização das flores. Pertencentes à família biológica Apoidea, integrante do subgrupo Anthophila, são também parentes das formigas e das vespas.
Uma das representantes mais conhecidas e criadas para produção de mel, própolis e geleia real é o tipo Apis mellifera.
As espécies oriundas da América e Oceania não possuem ferrão e também são menos agressivas do que abelhas originárias da África.
As espécies que possuem ferrão, encontradas geralmente no Brasil, foram criadas a partir da fertilização dos tipos europeus e africanos, com o intuito de gerar espécies com mais resistência e produtividade.
Das variações encontradas no Brasil, que não possuem ferrão, as mais comuns são espécies do gênero Meliponini e a mais conhecida é a jataí Tetragonisca angustula.
Em todo o mundo, com exceção da Antártida, são encontradas cerca de 25.000 espécies de abelhas distribuídas em sete famílias biológicas reconhecidas.
Elas estão espalhadas em todos os ambientes onde existam plantas de flores polinizadas por insetos.
Boa parte das espécies vivem em colônias, adaptadas a uma alimentação à base de néctar e pólen, este, em sua maioria, é utilizado como alimento para suas larvas.
A polinização realizada por esses insetos é importante tanto para o equilíbrio do ecossistema quanto para o comércio, por causa da venda de mel de alta qualidade.
Tipos de abelhas
Apesar de conhecidas por permanecerem em comunidade, a maior parte das espécies vivem solitárias. Elas não participam da produção de mel e também não constroem colmeias, entretanto, possuem uma função importante na polinização das flores.
Presentes em quase todo o mundo, as abelhas passaram por processos de evolução das espécies e conseguiram se adaptar a diversos habitats diferentes, alcançando uma ampla diversidade.
Alguns tipos, inclusive, dispensam o néctar e optam pelo óleo das flores.
De acordo com os diferentes tipos, cada um deles usa locais e estruturas diferentes para construção dos ninhos.
A Andrena Fulva ou a Andrena Cinerária, por exemplo, fazem seus ninhos em locais escondidos utilizando áreas de subsolos de terrenos.
Já as abelhas carpinteiras, como a Xylocopa violacea ou a Xylocopa caerulea, constroem ninhos em madeiras apodrecidas ou caules ocos.
As conhecidas abelhas “pedreiras”, biologicamente chamada de Osmia bicornis ou a Osmia lignaria, constroem paredes de barro para formar áreas de proteção para os ninhos.
No Brasil e Panamá é encontrado o tipo Lestrimelitta limao (iratim). Essa espécie tem o hábito de retirar néctar e pólen de outras colônias, além de produzir um tipo de mel inapropriado para o consumo humano, considerado tóxico.
Há também um outro tipo muito específico e com hábitos diferenciados. As abelhas “abutres” fazem parte de um grupo constituído por três espécies distintas.
São caracterizadas por se alimentarem de restos de carne em estado de putrefação, ao invés do néctar e pólen, muito comum entre estes insetos.
Dentre tantos tipos, as mais importantes para a produção de mel e derivados, são as abelhas Tetragonula carbonaria australiana, que não possuem ferrão, a Tetragonisca angustula, a indonésia Megachile pluto, e as pertencentes ao gênero Apis .
Sendo estas as Apis cerana japonica, Apis dorsata labriosa dos Himalaias, a dominante Apis mellifera, e a pertencente ao continente africano, a Apis mellifera scutella.
Importância da abelha rainha
Dentro da organizada sociedade destes insetos, a rainha é o personagem mais importante.
Em relação ao seu tamanho, ela possui uma estrutura quase duas vezes maior do que as operárias e exala um feromônio para manter o controle da colmeia. Apenas ela possui essa aptidão.
Com diferenciada capacidade de reprodução, a rainha é fecundada em um ovo e é gerada dentro de uma célula especial, o que a diferencia das outras que nascem em alvéolos em formato hexagonal formando os favos.
A abelha rainha, durante toda a sua vida, se alimenta unicamente de geleia real, produto em rico em proteína, vitaminas e hormônios sexuais.
A partir do nono dia de vida, ela realiza o primeiro voo nupcial e será fecundada pelos zangões.
Caso nasça uma outra abelha rainha, as duas irão brigar até que uma delas morra, mantendo a soberania de uma única abelha dominante.
Anatomia da abelha rainha
Com uma estrutura corporal com certa complexidade, as abelhas possuem o corpo divido em três partes: cabeça, tórax e abdômen.
A seguir, a anatomia completa de uma abelha rainha e sua respectiva nomenclatura:
1- Língua
2- Orifício relacionado a mandíbula superior
3- Mandíbula inferior
4- Mandíbula superior
5- Lábio superior
6- Lábio inferior
7- Glândula relacionada a mandíbula
8- Glândula responsável pela mandíbula posterior
9- Orifício de abertura da boca
10- Glândula da faringe
11- Cérebro
12- Ocelos
13- Glândulas salivares
14- Músculos do tórax
15- Postfragma
16- Asa da frente do corpo
17- Asa localizada na parte posterior do corpo
18- Coração
19- Estigmas
20- Saco aéreo
21- Intestino médio (intestino quiloso, estômago)
22- Válvulas responsáveis pelo funcionamento do coração
23- Intestino delgado
24- Tubos de Malpighi
25- Glândulas rectais
26- Bolsa de excrementos
27- Ânus
28- Canal do ferrão
29- Bolsa de armazenamento do veneno
30- Glândulas de veneno
31- Arcos do canal do ferrão
32- Glândula pequena
33- Vesícula seminal
34- Glândulas ceríferas
35- Gânglios responsáveis pelo abdômen
36- Tubo da válvula
37- Intestino intermédio
38- Área de acesso ao estômago
39- Bolsa de armazenamento do mel
40- Veia aorta
41- Tubo digestivo
42- Cordão neuronal
43- Palpe labia
44- Metatarso