Resumo de Português - Orações Subordinadas

Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas

As orações subordinadas são denominadas pela gramática da língua portuguesa como aquelas que funcionam como termos essenciais, integrantes ou acessórios nas construções sintáticas.

Dito de outra forma, as orações subordinadas são dependentes sintaticamente de uma outra oração, chamadas de oração principal, e podem exercer as seguintes funções sintáticas: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, aposto, complemento nominal, adjunto adnominal e adjunto adverbial.

Em razão disso, as orações subordinadas são classificadas em substantivas, adjetivas e adverbiais. Leia a oração abaixo:

O garoto gostava de que lhe dessem chocolate.

Nessa construção sintática tem-se duas oração. A primeira “O garoto gostava” é a oração principal e a segunda “de que lhe dessem chocolate” é a oração subordinada.

Observe que o verbo “gostar” é um verbo transitivo indireto e, logo, precisa de um objeto indireto como complemento.

Então, a oração subordinada exerce a função sintática de objeto indireto do verbo “gostar” e, consequentemente, exerce a função sintática de um termo integrante da oração principal.

Outra questão é que a oração subordinada “de que lhe dessem chocolate” tem dependência semântica da oração principal, ou seja, ela não tem sentido se for escrita sem a outra oração. Por isso, o nome “subordinação” ou “subordinada”.

Para conhecer as especificidades gramaticais de cada tipo das orações subordinadas continue lendo esse artigo.

Orações subordinadas substantivas

As orações subordinadas substantivas são dependentes sintaticamente da oração principal e possuem valor de substantivo.

Essas orações exercem a função sintática de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo do sujeito, complemento nominal ou aposto.

E a classificação das orações subordinadas substantivas são de acordo com a função sintática que exercem em relação à oração principal. Veja nos exemplos abaixo:

  • orações subjetiva: exercem a função sintática de sujeito da oração principal.

Exemplo 1: Consta que os boletos da faculdade já foram pagos.

  • orações objetiva direta: exercem a função sintática de objeto direto do verbo da oração principal.

Exemplo 2: Achamos que a senhora deve viajar pela manhã.

  • orações objetiva indireta: exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da oração principal.

Exemplo 3: Convenceu-o de que o casamento é eterno.

  • orações predicativa: exercem a função sintática de predicativo do sujeito da oração principal.

Exemplo 4: O problema é que as inscrições do concurso já terminaram.

  • orações completiva nominal: exercem a função sintática de complemento nominal da oração principal.

Exemplo 5: Estava certo de que ela era culpada.

  • orações apositiva: exercem a função sintática de aposto da oração principal.

Exemplo 6: Dei-lhe um conselho: (que) se dedique mais aos estudos.

Orações subordinadas adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são dependentes sintaticamente da oração principal e possuem valor de adjetivo. E, consequentemente, como tal, modifica o substantivo antecedente.

Essas orações iniciam-se com os seguintes pronomes relativos: que, quem, onde, o qual (a qual, os quais, as quais), cujo (cuja, cujos e cujas). E exercem a função sintática de adjunto adnominal.

As orações subordinadas adjetivas têm uma especificidades quanto a sua classificação.

Então, para compreender melhor essa classificação vamos simular uma situação comunicativa de uma reunião de gestores de marketing. E um deles diz:

Fala 1:
– Neste semestre, se todos concordarem, adotaremos novo planejamento para alavancar os projetos de marketing. Os funcionários que precisam de novo treinamento serão remanejados para trabalhar aos sábados.

Observe a que estrutura da última oração dita pelo gestor apresenta as seguintes funções:

“Os funcionários” = oração principal
“que precisam de novo treinamento” = oração subordinada adjetiva
“serão remanejados para trabalhar aos sábados” = oração principal

No contexto da fala 1, quem “será remanejado para trabalhar aos sábados”? A intenção do gestor de marketing é remanejar somente uma parte dos funcionários da empresa para trabalhar aos sábados, nesse caso, aqueles que precisam de novo treinamento. Logo, essa oração adjetiva restringe o sentido da palavra “funcionários”.

Leia agora a fala do gestor de marketing escrita de outra forma e com a oração adjetiva entre vírgula.

Fala 2:
Os funcionários, que precisam de novo treinamento, serão remanejados para trabalhar aos sábados.

Dessa maneira, quem será remanejado para trabalhar aos sábados são todos os funcionários da empresa. Logo, essa oração adjetiva generaliza o sentido da palavra “funcionários”.

Depois de explicado isso, podemos agora entender que as orações subordinadas adjetivas classificam-se em:

  • restritiva: são aquelas orações que restringem o sentido do substantivo ou do pronome antecedente;
  • explicativa: são aquelas orações que generalizam o sentido do substantivo ou do pronome antecedente.

Orações subordinadas adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são dependentes sintaticamente da oração principal e possuem valor de advérbio ou de locução adverbial. Leia abaixo a seguinte oração:

Uma organização empresarial só atinge a maturidade quando investe na saúde dos funcionários.

Essa oração apresenta a seguinte estrutura sintática:

“Uma organização empresarial só atinge a maturidade” = oração principal
“quando investe na saúde dos funcionários” = oração subordinada adverbial

Observe que a oração subordinada é classificada como adverbial porque exerce a função sintática de um adjunto adverbial de tempo em relação à oração principal.

E essas orações adverbiais exprimem diversas situações circunstanciais com a oração principal. E são elas:

  • causais: são orações introduzidas por conjunções subordinativas causais e apresentam a circunstância de causa.

Exemplo 1: Não compareceu à reunião de professores porque adoeceu.

  • consecutivas: são orações introduzidas por conjunções subordinativas consecutivas e apresentam a circunstância de consequência.

Exemplo 2: Trabalhou tanto que enriqueceu.

  • conformativas: são orações introduzidas por conjunções subordinativas conformativas e apresentam a circunstância de conformidade.

Exemplo 3: Conforme prometeu, efetuará o pagamento ainda hoje.

  • concessivas: são orações introduzidas por conjunções subordinativas concessivas e apresentam a circunstância de concessão.

Exemplo 4: Carlos nada percebeu, embora estivesse vigilante.

  • comparativas: são orações introduzidas por conjunções subordinativas comparativas e apresentam a circunstância de comparação.

Exemplo 5: João trabalha como um condenado.

  • condicionais: são orações introduzidas por conjunções subordinativas condicionais e apresentam a circunstância condição.

Exemplo 6: Iremos ao parque aquático amanhã, se não chover.

  • finais: são orações introduzidas por conjunções subordinativas finais e apresentam a circunstância de finalidade.

Exemplo 7: Joana tentou de tudo para que seu filho fosse mais estudioso.

  • proporcionais: são orações introduzidas por conjunções subordinativas proporcionais e apresentam a circunstância de proporção.

Exemplo 8: À medida que se aproximava a hora do teste de direção, a tensão de Carmem aumentava.

  • temporais: são orações introduzidas por conjunções subordinativas temporais e apresentam a circunstância de tempo.

Exemplo 9: Fico feliz sempre que vou visitar meu namorado.