Os métodos contraceptivos são formas utilizadas por pessoas com vida sexual ativa para evitar a gravidez não programada. Um médico deve ser consultado para fazer uma análise hormonal e do perfil antes de determinar a melhor técnica contraceptiva para cada indivíduo.
O anticoncepcional, tabelinha, coito interrompido, DIU, vasectomia e laqueadura são alguns dos tipos contraceptivos disponíveis. A camisinha é o método utilizado tanto para evitar a concepção quanto para evitar DST (Doença Sexualmente Transmissível).
No entanto, é preciso entender que nenhuma técnica é 100% segura e somente funcionará se utilizado de maneira correta.
Conheça abaixo os principais métodos contraceptivos e as suas classificações.
Métodos comportamentais
Os métodos contraceptivos comportamentais ou naturais são aqueles que utilizam a abstinência sexual durante o período fértil da mulher ou autocontrole para evitar a ejaculação na vagina.
Ele não é considerado muito eficaz, pois é difícil determinar exatamente o momento de ovulação.
As formas mais utilizadas desse tipo são:
Tabelinha
Baseia-se em conhecer o ciclo menstrual da mulher para não praticar relações sexuais durante os tempos férteis. O ciclo corresponde aos dias que ficam entre o primeiro dia da menstruação até a véspera da menstruação seguinte. Para ter certeza do momento certo de utilizar o método, é importante registrar o ciclo por no mínimo seis meses.
Coito interrompido
O coito interrompido tem baixo índice de eficácia e normalmente é utilizado em conjunto com outro método contraceptivo.
Consiste em retirar o pênis da vagina da mulher antes da ejaculação para que o esperma não encontre meios de chegar ao útero.
O mecanismo não é muito confiável pois exige o autocontrole masculino para retirar o pênis no momento certo, além da possibilidade de uma pequena quantidade de sêmen ser liberada antes da ejaculação.
Existem ainda os métodos comportamentais:
- Temperatura basal
- Muco cervical (método Billings)
Métodos de barreira
É o método que interrompe a entrada de espermatozoide no útero e que utiliza barreiras removíveis para isso. São indicados para mulheres e homens, e considerados uma das técnicas mais seguras. Os métodos contraceptivos de impedimento mais utilizados são:
Camisinha
São os preservativos femininos ou masculinos feitos de látex ou poliuretano que impedem a entrada do sêmen no canal vaginal. São descartáveis e devem ser colocados no pênis ou na vagina antes da penetração. Além de evitar a gravidez indesejada, também diminuem o risco de contrair DSTs como a AIDS.
Diafragma
O diafragma é um contraceptivo em formato de cúpula, fabricado em borracha ou silicone, com anéis flexíveis e colocados sobre o colo do útero. Ele cria um proteção que impede a entrada do esperma. Podem atuar conjuntamente com espermicidas (substância que mata os espermatozoides).
Os diafragmas são fabricados em diversos formatos e somente o médico indica o tamanho ideal para cada mulher. O índice de eficiência pode chegar a 85%, mas não protege contra todas as DSTs.
Também existem os seguintes métodos de barreira:
- Capuz cervical;
- Esponjas.
Dispositivo intrauterino (DIU)
O DIU é um dispositivo em forma de T inseridos no interior do útero e que protege ao liberar íons de cobre ou hormônios.
O aparelho feito em cobre dificulta a mobilidade do sêmen e em alguns casos impede a implantação do ovo fecundado na parede do útero.
Tem eficiência de 99% e seu efeito dura até 10 anos. O DIU hormonal (SIU) atua liberando pequenas doses de progesterona no útero, dificultando a mobilidade do esperma.
Métodos Contraceptivos hormonais
São os métodos contraceptivos desenvolvidos a base dos hormônios estrogênio ou progestina. Controla ou evita a ovulação, porém não evitam o contágio por DSTs. Eles podem ser:
Contraceptivos orais
São aqueles responsáveis por evitar a gravidez através da ingestão de pílulas. Existem vários medicamentos no mercado e cada um deles contém uma categoria diferente de hormônio que inibe a ovulação. O médico deve ser consultado para realizar exames e indicar o melhor tipo de pílula.
Existem dois tipos de pílulas: a combinada, que é produzido com dois tipos de hormônios, e a minipílula, que possui apenas um. Nos dois casos, deve ser ingerida diariamente e no mesmo horário.
Pílula do dia seguinte
É o método de contracepção de emergência e deve ser evitado pelas mulheres, pois são pílulas fabricadas com altas doses de hormônios, o que pode modificar o ciclo menstrual.
Essa forma deve ser utilizada somente em momentos emergenciais e ingeridas duas vezes num intervalo de 12 horas.
Outros métodos hormonais são:
- Contraceptivos injetáveis;
- Implantes;
- Anel vaginal;
- Adesivos cutâneos.
Contracepção cirúrgica
São os métodos contraceptivos definitivos e adequados para pessoas que não desejam mais ter filhos. O procedimento é realizado tanto em homens quanto em mulheres. No Brasil, o procedimento é realizado apenas em pessoas com mais de 25 anos e que já tiveram dois filhos.
Vasectomia
A vasectomia consiste no procedimento realizado no homem, onde os condutos em que os espermatozoides transitam são cortados. A cirurgia dura 20 minutos e o índice de eficiência chega a 100%. As relações sexuais devem ser realizadas com outro contraceptivo durante três meses, pois o canal por onde passa o sêmen demora para se livrar totalmente dos espermatozoides.
Esterilização feminina
A esterilização feminina pode ser realizada por ligadura das trompas, em que as trompas são fechadas com grampos, pinças ou anéis. Também é possível remover um pequeno pedaço da trompa ou realizar o bloqueio delas. O tempo de reabilitação da mulher é maior em comparação a vasectomia realizada no homem, pois o método feminino é mais agressivo.