Resumo de História - Imperialismo

Imperialismo e Colonialismo do século XIX

O imperialismo é a ação de domínio territorial, político, cultural e econômico de países economicamente fortalecidos sobre aqueles de economia fragilizadas.

As civilizações antigas construíram e ergueram impérios ricos através do domínio de outros povos. Desse modo, exploraram as riquezas naturais, cobraram impostos abusivos (algumas impuseram em suas culturas) e se apossaram de muitos reinos e territórios.

Pode-se citar como exemplo os persas que dominaram muitos territórios, como Babilônia, a Ecbátana, capital do império medo, o Helesponto e a fronteira da Índia.

A Roma Antiga também foi um modelo de organização político-social que tornou-se um glorioso império na lógica do domínio imperialista.

Então, as primeiras iniciativas imperialistas no mundo foram essas civilizações antigas. E ainda pode-se citar a Grécia Antiga como o momento inicial do imperialismo.

Embora seja uma prática antiga, o imperialismo foi sistematicamente estudado a partir do século XIX pelos economistas alemães, franceses e ingleses.

O economista inglês John Hobson foi o pioneiro a esboçar o primeiro estudo sobre o tema em 1902.

Expansão imperialista e a Segunda Revolução Industrial

Na segunda metade do século XIX e início do século XX, o capitalismo iniciou um processo de desenvolvimento tecnológico e industrial.

Como destaque das inovações nas atividades da economia estão a fabricação do aço, a produção da energia elétrica, a invenção da lâmpada incandescente e os investimentos nos meios de comunicações, como: o surgimento do telégrafo, do aparelho telefônico, da TV e do cinema. Também houve melhorais nos meios de transporte, como a construção de novos sistemas ferroviários e rodoviários.

É importante ainda destacar que nesse período o ramo automobilístico com a indústria Ford, nos Estados Unidos, foi a primeira a transportar o chassi do carro em toda a fábrica.

Todo esse processo econômico e inovador ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial (1850 -1950). Foi um período de intenso desenvolvimento capitalista em que os países imperialistas interferiram nas regiões coloniais da Ásia, África e América.

Os principais países imperialistas eram potências econômicas europeias: Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha. O Japão surgiu como potência do capitalismo contemporâneo.

O objetivo principal dos países imperialistas era a lucratividade com matéria-prima, mercado consumidor e mão de obra barata dos países subalternos.

Paralelamente a isso, as potências econômicas europeias viram nos territórios coloniais a oportunidade de manutenção dos lucros e do sistema progressista. Uma vez que muitos países dominados tinham riquezas naturais e muitas possibilidades de desenvolvimento industrial, através de culturas economicamente interessantes como o algodão.

Os países capitalistas ocidentais iniciaram uma corrida para explorar política e economicamente as regiões colônias, objetivando a busca por novos mercados consumidores e sua  expansão.

E para executar o seu domínio, os países imperialistas argumentaram as seguintes justificativas:

  • etnocentrismo: o discurso dos países imperialistas era de que existiam povos superiores em relação à outros;
  • racismo: os imperialistas adaptaram a teoria da evolução das espécies, o darwinismo social, para difundir a ideia de que somente as nações brancas, europeias e educadas eram capazes de civilizar a África e a Ásia.

Esse modelo de expansão imperialista praticado pelas nações industrializadas europeias, com o objetivo de explorar novos mercados conforme à logística da globalização, ficou conhecido como imperialismo contemporâneo.

Imperialismo na África

No continente africano o domínio imperialista foi inicialmente da Inglaterra. O projeto britânico era explorar economicamente sozinho todo território do Cairo a cidade do Cabo.

Nesse meio tempo, a Alemanha também dominou a África e ocupou os países de Burundi, Ruanda e Tanganica.

A corrida imperialista provocou muitos conflitos entre os países capitalistas europeus, inclusive com conflitos militares desencadeando na Primeira Guerra Mundial.

Esses conflitos e rivalidades na África provocaram a partilha do continente, onde cada região africana passou a pertencer a um dos países imperialistas.

Rivalidades

Povos da África do Norte e os franco-britânicos entraram em rivalidades sobre o Egito. Essas disputas resultaram no estabelecimento do protetorado da Inglaterra.

No Marrocos, ainda no norte africano, a briga ficou entre a Alemanha e a França provocando muitas crises.

Na África subsaariana, parte ao sul do deserto do Saara, aconteceu as rivalidades imperialistas mais acirradas. Isso porque, nessa região do continente, eles dominaram diversos países imperialistas.

No sul da África o domínio imperialista foi entre os ingleses e portugueses. Os ingleses ocuparam a região do Cabo e a Colónia de Natal, e entraram em conflito com os africanos descendentes de holandeses, chamados de bôeres.

Os bôeres habitavam na região do Transvaal e do Orange, e impediram a exploração britânica de ouro e diamantes nessa região. Esse conflito ficou conhecido como a Guerra dos Bôeres (1899-1902).

Embora os nativos bôeres tenham partido para o conflito em defesa das suas riquezas naturais, os invasores venceram a guerra. Depois desse episódio formou-se a União Sul-Africana.

Imperialismo na Ásia

A corrida imperialista no continente asiático foi disputado pelos seguintes países imperialistas: Inglaterra, França, Rússia, Estados Unidos, Portugal, Alemanha, Holanda e Japão.

Entre os países a China era o mais cobiçado, principalmente pelo Japão , que após a Revolução de Meiji começou a se industrializar.

O imperialismo da Ásia ocasionou sérios conflitos no âmbito cultural, como o enfrentamento da cultura francesa no país da Indochina.

As populações locais indianas começaram a reagir com reivindicações ao domínio imperialista.

Já insatisfeitos com as explorações dos recursos minerais e da mão de obra nas regiões da Índia setentrional e central, por parte da Inglaterra em seu território, organizaram a Revolta dos Cipaios.

A Revolta dos Cipaios foi um conflito popular dos indianos iniciado no ano de 1857, sendo marcado por um intenso levante armado.

Uma personalidade muito importante na resistência ao imperialismo britânico foi Mahatma Gandhi. Ele propôs a população erguer a bandeira da paz, sem lutas e derramamentos de sangue, com apenas o boicote dos produtos industrializados ingleses.