Resumo de História - História da América

História da América Latina

A História da América começou, do ponto de vista dos colonizadores europeus, com a entrada dos primeiros navios na região, no século XV. Já para os nativos, essa origem vem de milhares de anos e foi conhecida, principalmente, por meio de fontes orais e pictográficas.

Para maior compreensão, a história da América é separada em: América Pré-ColombianaDescobrimento e ConquistaMontagem do Sistema ColonialProcessos de Independência e América Contemporânea. É importante entender que essa divisão ocorre de acordo com estudos específicos.

América Pré-Colombiana

As civilizações pré-colombianas presenciaram a origem e extinção de outras sociedades, como os maias, incas e astecas. Esses povos deixaram um enorme legado cultural, arquitetônico e na própria formação das características físicas da população, porém, a chegada dos europeus transformou totalmente a estrutura social, cultural e ambiental desse continente.

Descobrimento, Conquista e Sistema Colonial

O primeiro país a aventurar-se na busca por novas terras foi Portugal, sendo possível por causa da sua posição geográfica. O país era lugar de parada comercial para os navios que vinham da Itália via Mar Mediterrâneo em direção ao norte da Europa. Além disso, era rápida a entrada na África através do Oceano Atlântico.

A Colonização Espanhola foi a primeira a firmar estadia em território americano. A construção do seu sistema colonial baseou-se na exploração de recursos naturais, como metais preciosos, e na implantação da agricultura. Já a Colonização Portuguesa, que ocorreu no século XVI, estabeleceu outras formas de apropriação.

O sistema elaborado nas colônias dominadas por Portugal foi o de plantation, uma prática agrícola que agrupava  características diferentes das usadas por outras colonizações, como os latifúndios (grandes hectares de terra), a monocultura (plantação de apenas uma matéria-prima), o uso de mão-de-obra escrava, especialmente dos africanos, e foco no lucro absoluto da metrópole. 

Outros países ibéricos, como Holanda, França e Inglaterra, continuaram a estender o processo de colonização desse “novo mundo”. As justificativas para essas nações europeias saírem ao mar e atracarem em terras até então desconhecidas eram muitas. Os embates religiosos provocados pela Reforma Protestante de Martinho Lutero e a procura por especiarias, por exemplo, foram duas delas.  

As Treze Colônias Inglesas

A colonização, como já dito, baseou-se na exploração dos recursos minerais, vegetais e humanos (escravidão dos nativos) dos novos territórios, mas também no povoamento dos mesmos.

Presente com maior intensidade na América do Norte, as colônias de povoamento eram pequenas cidades que tentavam preservar o arranjo econômico e social da Europa, seu continente dominante. As famílias dos europeus, ingleses e dos próprios nativos habitavam essas regiões e, consequentemente, movimentavam o mercado interno. Certa autonomia econômica e moral era valorizada, mas as tradições religiosas ainda eram soberanas.

A família colonial era patriarcal, o marido era a principal autoridade dentro da casa. O trabalho era voltado para produção de alimentos, roupas e velas, sendo que a responsabilidade pelo trabalho era do homem e da mulher.

A maioria dos habitantes das treze colônias era protestante. Por isso, eles se vestiam com roupas de tons escuros e as mulheres eram proibidas de ostentar suas joias.

A Coroa Inglesa, além de estipular estratégias de ocupação, determinou o sistema administrativo para a extensão colonial.  Entre as medidas tomadas estavam presentes as leis proibitivas, ou seja, leis que tinham o poder de validar o controle britânico sobre o que era produzido nos domínios.

Além dessas, outras leis visavam à padronização do que era produzido:

Lei do Açúcar: tinha o intuito de taxar as mercadorias importadas de outras regiões, como o açúcar, tecidos e café.

Lei da Moeda: buscava o enfraquecimento da moeda dos colonos e valorização da moeda da coroa, deixando assim as transações econômicas nas mãos imperiais.

Lei do Aquartelamento: os colonos era obrigados a fornecer alimentos aos soldados ingleses em missão.

Naturalmente essas leis opressivas acabaram incentivando as revoltas e crises nas colônias americanas. Entre as principais causam da busca pela autonomia estão:

  • Propagação das ideias iluministas na Europa;
  • Guerra dos Sete Anos, travada na América do Norte entre ingleses e franceses;
  • Implantação do Imposto Sobre o Chá;
  • Inserção da Lei do Selo, determinado pela Grã-Bretanha;

História da América: Independência

Depois de um longo período de exploração e povoamento, houve as correntes de luta pela independência, que ocorreram nos séculos XVII e XIX. A Revolução Francesa, dentre outras, resultaram na Unificação Italiana e Alemã, além da reformulação dos modos de produção da sociedade.

Mesmo com a independência, durante o século XIX e parte do XX, as colônias permaneceram economicamente dependentes do Reino Unido, França ou Estados Unidos. Apesar disso, o regime escolhido pelos países já emancipados foi a República.

A instalação de entidades políticas americanas em outros locais aconteceu no movimento de expansão territorial e pela junção do capitalismo financeiro com o industrial, principalmente por causa da Segunda Revolução Industrial. Desse momento em diante, a História da América se interliga aos mesmos acontecimentos da História Geral.

História da América Contemporânea

A História da América Contemporânea começa no século XVIII e se estende até a atualidade. É a fase marcada pelo auge da Revolução Industrial e explosão de duas grandes guerras mundiais.

A Revolução Industrial trouxe à tona o uso das máquinas e a substituição do modo de produção artesanal pelo das fábricas. O início da produtividade em longa escala e de forma mecânica deu um pontapé econômico e social dentro dos países europeus e americanos (norte).

Estas nações se tornaram industriais e suas populações entraram no ciclo de migração dos campos para as cidades.   

Outros fatos também preencheram a História da América, como a Revolução Mexicana e o surgimento das primeiras fábricas no Brasil, inicialmente em São Paulo e Rio de Janeiro. 

Além desses acontecimentos, o continente americano também vivenciou o surgimento das ideologias fascistas, anarquistas e comunistas em seu território, no qual o período mais relevante foi a Revolução Cubana.

O crescimento do populismo latino-americano, as ditaduras no percurso da Guerra Fria (Estados Unidos x União Soviética-URSS), as novas formas de redemocratização dos países, especialmente após a queda de URSS, também estão gravados na história da América.

Curiosidade: quem foi Cristóvão Colombo?

Em 1492, o navegador Cristóvão Colombo, patrocinado pelos reis da Espanha (Isabel de Castela e Fernando de Aragão), saiu pelo Oceano Atlântico com o intuito de encontrar as Índias, construindo assim uma nova rota comercial. Por causa desse novo caminho, Colombo se deparou com um novo continente, que, no momento, foi batizado de “Novo Mundo”.

Marinheiro desde a infância,  Colombo nasceu em 1451, provavelmente na Itália. Acredita-se que viveu em Portugal por nove anos e concretizou sua primeira grande expedição em 1478, quando partiu da cidade de Palos.

O verdadeiro plano do italiano era cruzar todo o Atlântico em direção à Ásia e superar os monopólios comerciais do período. No começo a Coroa Portuguesa não deu muita importância para suas ideias, mas a expedição que apontou indícios da existência do continente americano o consagrou.

As incursões de Colombo resultaram também, mais tarde, na descoberta das Antilhas, do Panamá e América do Sul.

Ele morreu em Valladolid em 20 de Maio de 1506, aos 55 anos. Seus herdeiros passaram longos anos processando a Coroa Espanhola pela quebra no acordo de 10% para cada território descoberto. A ação judicial ficou conhecida como “Pleitos Colombinos”.

  • Cristóvão Colombo começou a navegar aos 14 anos;
  • Na História da América, Colombo foi o primeiro homem a atestar que a terra era redonda;
  • O oceano Atlântico era conhecido como Mar Tenebroso;
  • Pedro Álvares Cabral tem concorrente no título de descobridor do Brasil, o cosmógrafo Duarte Pacheco Pereira;
  • Boa parte dos marinheiros das grandes expedições eram ex- presidiários.