Resumo de Biologia - Colônias no Reino Animal

Podem ser isomorfas ou heteromorfas

As colônias no reino animal são agrupamentos de indivíduos que mantêm relações ecológicas harmônicas e intraespecíficas. Ou seja, organismos de uma mesma espécie que precisam viver fisicamente unidos e interdependentes, formando estruturas que beneficiam todos os envolvidos.
Nesses sistemas, apesar da união anatômica, cada indivíduo pode exercer funções vitais para o grupo. Eles trabalham de forma tão cooperativa que são incapazes de sobreviver isoladamente. É esse tipo de relação que ocorre entre os organismo mais simples, como bactérias, algas e cnidários.

Tipos de colônias no reino animal

As colônias no reino animal organizam-se de uma maneira que parecem ser apenas um único organismo, mas na verdade são compostas por diversos indivíduos que podem ou não apresentar semelhanças em comum. Por causa dessas características, são identificadas de acordo com duas categorias.
Colônias isomorfas
As isomorfas são aquelas que possuem indivíduos com forma, estrutura e funções semelhantes entre si, como as colônias de algas do gênero . Típicas de água doce, reúnem mais de mil organismos unicelulares biflagelados ou sem flagelos. Os do primeiro tipo ficam dispostos lado a lado, criando uma esfera oca, e são responsáveis pela movimentação. Já os sem flagelos podem gerar – através da reprodução assexuada – novos integrantes.
Outro exemplo bastante conhecido são os corais. Um das colônias no reino animal que vivem fixas, pertencem à família dos cnidários. Esses grupos são constituídos por milhares de pólipos – indivíduos em formato de tudo, com abertura da boca no topo, tentáculos ao redor e a cavidade gástrica logo atrás.
Eles se reproduzem assexuadamente e ficam alojados em uma espécie de esqueleto calcário que mesmo produzem. À medida que morrem, novos nascem por cima. Apenas alguns pólipos conseguem viver independentes.
Colônias heteromorfas
As classificadas como heteromorfas têm indivíduos com caraterísticas morfológicas e fisiológicas diferentes, sendo cada um encarregado por uma função específica. As colônias de caravela-portuguesa são um dos principais exemplos. Nelas, os seus membros estão ligados uns aos outros, mas são responsáveis pelas seguintes atribuições:
  • Dactilozoóides – pólipos que apresentam longos tentáculos com células urticantes, que liberam substâncias tóxicas para imobilizar a presa e afastar os predadores.
  • Gastrozoóides – aqueles que cuidam da alimentação, pois têm a abertura da boca e um sistema digestivo (mesmo que simples).
  • Gonozoóides – os que ficam com a parte da reprodução, uma vez que são especializados na geração dos gametas.
  • Pneumatóforos – integrantes que abrigam toda a colônia, pois são formados por bolsas de ar e, com isso, possibilita a flutuação. Eles não têm o poder de movimentação, apenas são levados pelas correntes marítimas.
O cnidário do gênero também cria colônias no reino animal heteromorfas. As suas estruturas são formadas por diversos pópilos: uns voltados para reprodução por brotamento, outros especializados na alimentação e os demais na defesa do grupo.



Colônia x sociedade

Assim como a colônia, a sociedade é uma relação ecológica entre indivíduos que compartilham da mesma espécie e que se organizam para o trabalho em prol do coletivo. Entretanto, há uma diferenciação que desvincula tais estruturas: na sociedade os organismos são independentes, enquadram-se de acordo com uma divisão de tarefas e obedecem uma hierarquia.
Entre os exemplos encontram-se as abelhas, formigas e cupins. Apesar da cooperação para o desenvolvimento das suas tarefas dentro do conjunto, tais insetos atuam de forma individual e não provocam a morte de todos, caso vivam separadamente.
Para manter a organização social e a divisão de trabalho, os formigueiros – por exemplo – funcionam de acordo com castas: rainha, obreiras e machos.
  • Rainha – É o principal membro desse tipo de sociedade, pois assume a função reprodutiva. Ela é maior que todas as formigas e detém o controle por causa da liberação de ferormônios – substâncias químicas que permitem a sua comunicação com os outros.
  • Obreiras – São as fêmeas estéreis responsáveis pela procura de alimentos, construção ou manutenção do formigueiro e sua defesa contra predadores. Em algumas espécies, essa classe ainda é dividida entre operárias e soldados. As primeiras tomam conta dos ovos colocados pela rainha e coletam alimentos. Já as segundas, ficam sempre na entrada do formigueiro garantindo a proteção.
  • Machos – Cabe a eles a fecundação da rainha, o que acontece durante o chamado voo nupcial. Após esse período, não podem entrar no formigueiro e acabam morrendo rapidamente.

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