Resumo de Geografia - Capitalismo Informacional

O Capitalismo Informacional teve o seu conceito apresentado na obra “Sociedade em Rede”, ele designa a tecnologia da informação como a referência das mudanças sociais que reformulam os modos de ação da produção capitalista, a partir do ano de 1980.

Essa é uma teoria de observação da sociedade na virada do século XX para o século XXI, caracterizando uma realidade nova das práticas sociais que foram elaboradas pelas renovações habituais da revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação.

O conceito do capitalismo informacional pelo sociólogo espanhol Manuel Castells Oliván, em seu livro intitulado “A Sociedade em Rede”, escrito durante 12 anos. O autor teve o suporte de pesquisadores de vários países, que ajudaram na coleta dos dados disponíveis e também na definição das teorias exploratórias.

O Capitalismo Informacional e o seu Conceito

O capitalismo informacional é uma espécie de argumento que pretende compreender a nova estrutura social, manifestada por meio das várias formas de expressar a diversidade cultural, além das instituições que existem em todo o planeta Terra.

O capitalismo informacional está baseado nas transformações que as novas tecnologias da informação provocaram. O sistema é elaborado a partir dos dois eixos analíticos para o entendimento das dinâmicas das sociedades, são eles:

  • Modos de produção – capitalismo e estatismo.
  • Modos de desenvolvimento – agrário, industrial e informacional.

As modificações foram analisadas também, a partir das concepções teóricas de outros estudiosos, como a obra intitulada “Cibercultura” do filósofo, sociólogo e pesquisador francês Pierre Lévy.

O autor Dan Schiller também abordou o tema capitalismo informacional, em seu livro “A globalização e as novas tecnologias”, que foi escrita no ano de 1999. O autor retrata a evolução das redes técnicas da comunicação e também o método que contribuiu para dar conjuntura ao mercado, com base na mercantilização da informação.

Marcos Dantas, um autor brasileiro também expõe contribuições importantes para a percepção da transformação da maneira tradicional da produção capitalista até a sua atual composição.

A obra “Modernização Reflexiva” debateu o conceito que presume o caráter transformador das novas práticas sociais decorrentes da revolução tecnológica, sobretudo no campo das tecnologias de informação. A consequência disso seria a formação de uma nova estruturação social manifestada em conformidade com a diversidade cultural e com as instituições atuais.

O conceito de capitalismo informacional propõe uma reconstrução do capitalismo e as transformações estão ocorrendo gradativamente, que entre outros aspectos, evidenciam o desenvolvimento desigual e global, relacionando os segmentos e os territórios modernos com o subdesenvolvimento e a miséria existente na atual economia global.

Mediante esse entendimento, as transformações tecnológicas não estão restringidas somente aos limites do desenvolvimento econômico e se tornam responsáveis pelas transições sociais tão latentes, que acabam definindo as relações entre os gêneros e os diversos grupos familiares, além da biografia das pessoas.

O conceito de capitalismo informacional estabelece uma interação dialética entre a tecnologia e a sociedade, onde a importância da tecnologia consiste na incorporação da sociedade, mesmo que a tecnologia não determine a sociedade. Já a sociedade, pode usar a inovação tecnológica, mas não tem capacidade de determiná-la.

De acordo com essa argumentação, se entende que o Estado tem um papel indispensável no desenvolvimento ou na paralisação da evolução tecnológica, e mesmo não determinando pode estimular ou reprimir o avanço.

Trata-se da forma de interpretar que sugere a renovação do capitalismo partindo do informacionalismo e acredita que a falta da tecnologia da informação tenha delimitado a realidade do próprio capitalismo.

Uma forma de compreender esse conceito é se atentar para diferença entre as palavras “indústria” e “industrial”. Partindo da observação da sociedade industrial, não significa que uma sociedade tenha indústrias e sim, está relacionado com aquelas em que tanto as formas sociais e tecnológicas quanto os hábitos diários da vida são influenciados por ela.

Diferença

De acordo com Manuel Castells Oliván, há uma diferença entre o termo “informação”, que é fundamental em todas as sociedades e o termo “informacional”, que é um gênero de caracterização da organização social.

Portanto, atualmente, a revolução tecnológica se tornou uma ferramenta relevante do capitalismo, originando-se e desenvolvendo-se no período histórico atual e arquitetando o capitalismo informacional.

A última revolução tecnológica promoveu avanços técnicos e os seus valores ficaram mais explícitos a partir segunda metade do século XX.  O paradigma da tecnologia da informação se estruturou em três características importantes, são elas:

I –    A informação é a matéria prima e ela age sobre a tecnologia;

II –  O maior poder da tecnologia é moldar ou influenciar a existência individual e coletiva;

III – A estruturação das sociedades a partir da formação das redes.

As Principais Características

O capitalismo informacional possui algumas características importantes:

  • Avanço da globalização e do imperialismo.
  • Concentração da riqueza por intermédio do conhecimento.
  • Crescimento da produtividade econômica.
  • Crescimento das transações comerciais através da internet.
  • Desenvolvimento de aplicativos e softwares.
  • Especialização e qualificação da mão de obra.
  • Inovações e revolução tecnológica.
  • Mercantilização da informação.
  • Otimização dos processos produtivos.
  • Rápido desenvolvimento do capitalismo financeiro.
  • Sinalizado pelo sistema neoliberal.
  • Sociedade da informação.
  • Tecnologias da informação.
  • Terceira Revolução Industrial (Revolução Técnico-científica).
  • Valorização das criatividades e da mão de obra jovem.

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