O Canibalismo é um tipo de relação ecológica que são efeitos que os organismos de uma comunidade específica têm um sobre o outro, e ocorre com determinadas espécies de animais que costumam se alimentar de seres da mesma espécie. De acordo com alguns especialistas, a prática do canibalismo é resultante da evolução das espécies, cujo objetivo é aniquilar os indivíduos menos aptos.
Canibalismo
O canibalismo é uma característica particular ou condição específica de um canibal, ou seja, entre os seres vivos, é o ato de comer um outro indivíduo da mesma espécie. O termo canibalismo surgiu pelo fato de uma comunidade indígena residente em uma região do Caribe, que costumavam realizar rituais onde se comia a carne humana.
No decorrer do período de exploração de Cristóvão Colombo, nessa região do Caribe, a comitiva ficou aterrorizada com a prática canibal. Eles denominaram a prática caníbales como forma de fazer uma referência à região do Caribe e também aos índios. “Caríbales” ou “caníbales” são os termos referentes à palavra canibalismo, acredita-se que a palavra é derivada do espanhol.
Geralmente, as práticas canibais são consideradas como sinônimos dos antropofágicos, mas o canibalismo não deve ser entendido como um sinônimo pleno da antropofagia. Esse ato só se configura quando um ser vivo come outro ser vivo da mesma espécie. Quando um animal come outro animal de espécie diferente, não é um canibal e sim um antropófago.
Na atualidade, essa prática é comum nos rituais satânicos. Em algumas religiões pagãs ocorre situações em que um sujeito deve servir como sacrifício para homenagear a um deus ou uma entidade. Os componentes de cultos, religiões e seitas acreditam que ao ingerir a carne humana, irão reanimar suas energias e forças espirituais.
No decorrer de toda a história, os astecas são os canibais mais conhecidos da humanidade. Eles realizavam o sacrifício e comiam os guerreiros que eram prisioneiros de guerra das outras tribos. De acordo com a lei, a prática do canibalismo é crime e o canibal pode ser processado pela prática de mutilação e profanação de cadáver
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Antropofagia
O canibalismo humano é chamado de antropofagia e era uma prática bastante comum entre os povos da pré-história em boa parte dos continentes. A antropofagia é o ato ritual esotérico, geralmente relacionado com os rituais espirituais, religiosos ou mágicos, de comer uma ou muitas partes de um ser humano
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Os povos antigos que praticavam o ritual da antropofagia, o realizavam com a ideia de que assim iriam conquistar a coragem, a força, a virilidade e as habilidades do prisioneiro. Alguns casos recentes de antropofagia foram considerados como criminosos ou correlacionados à transtorno mental grave.
Além dos fatos que já ocorreram, diretamente ligados à rituais religiosos, existem ainda outros registros da prática: sobreviventes de um desastre de avião na Cordilheira dos Andes, em 1972, teriam praticado o canibalismo, estritamente por uma questão de sobrevivência.
Além disso, em algumas tribos de índios brasileiros era comum ter rituais canibais. Na atualidade, rituais com essa prática costumam acontecer em algumas tribos da África Ocidental e a África Central, também há casos na Austrália, na Nova Guiné, na Nova Zelândia, no Reino Unido e em algumas ilhas da Polinésia e de Fiji.
Mundo Animal
Normalmente, no reino animal, a prática canibal funciona como um mecanismo para o controle de natalidade ou no caso de alimento limitado. Funciona também como uma forma de garantia do incentivo genético, que é o canibalismo sexual.
No caso das fêmeas de aves, dos canídeos e dos felinos criadas em cativeiro podem desenvolver o instinto de se alimentar de seus próprios filhotes. Isso pode acontecer por causa de fatores como o estresse ou o desequilíbrio hormonal.
O que ocorre é um bloqueio da intuição materna ou a inibição da produção estímulos olfatórios e táteis liberados pelos filhotes. Fatos como esses podem alterar o comportamento da mãe.
Se os recursos são insuficientes, as fêmeas podem diminuir suas ninhadas por meio da prática canibal. Em circunstâncias consideradas normais, o fenômeno canibal materno ainda não é bem assimilado.
O canibalismo existe no meio de muitas espécies de animais. Geralmente, há uma associação ecológica em que os animais que estiverem de alguma forma debilitados, serão eliminados por meio de uma seleção natural. Algumas classes de aranhas, escorpiões e certas espécies de insetos, têm o costume canibal frequente.
Exemplos de animais canibais:
- Aranha – as fêmeas de algumas espécies devoram os machos depois do acasalamento. Especialistas afirmam que ao contrário do que muitos pensam, a viúva-negra não mata o parceiro, ele morre acidentalmente depois da cópula porque o seu aparelho reprodutor se quebra e ele perde uma substância chamada de hemolinfa. Só depois que ele morre, a fêmea se alimenta dele.
- Formiga – Algumas espécies costumam comer as mais jovens que estejam doentes. No caso de escassez de alimento, elas também comem os jovens saudáveis.
- Leão – já foi flagrado praticando o ato canibal, se alimentando de filhotes de um líder antigo do grupo. Assim ele garante que a próxima geração seja composta só por suas crias.
- Louva-a-deus – a fêmea se alimenta do macho logo após a cópula, ela come a cabeça do macho e o devora vivo, para garantir nutrientes e gerar filhotes saudáveis.
- Peixe guppy ornamental – eles controlam o tamanho de sua população devorando os seus filhotes.
- Tubarão-mangona – essa espécie pratica o canibalismo intrauterino, onde o embrião mais desenvolvido se alimenta dos outros embriões, ainda no útero materno.
- Urso polar – de acordo com pesquisadores, essa espécie tem praticado o ato canibal frequentemente.