Resumo de Biologia - Briófitas

Briófitas e Pteridófitas

Briófitas são pequenas plantas que se desenvolvem em locais úmidos e sombreados. A maioria dessas plantas crescem em pedras, troncos de árvores ou barrancos.

O corpo das briófitas é dividido em três partes:

Rizoides – os rizoides ajudam as plantas a se fixar no ambiente. Diferente das raízes eles não fazem a absorção de água e nutrientes do solo;

Cauloide – o cauloide funciona como um caule. São pequenas estruturas de onde saem os filoides;

Filoides – os filoides são parecidos com folhas. Elas são capazes de realizar a fotossíntese.

Características das briófitas

As briófitas são plantas que não possuem vasos de transporte, pois não apresentam tecidos condutores para o transporte da seiva. Essa substância se espalha pelo corpo das briófitas de célula para célula.

A maioria das briófitas vivem em locais úmidos e sombreados. Contudo, existem algumas espécies que conseguem se desenvolver em temperaturas extremas, seja ela no frio do ártico ou no calor dos desertos.

Uma briófita de pequeno porte mede entre 1 e 5 cm. Espécies mais desenvolvidas podem passar dos 30 cm.

A cor dessas plantas pode variar, podendo ser verde, preta ou incolor.

Reprodução das briófitas

A reprodução assexuada das briófitas pode variar a depender da espécie. Algumas espécies se reproduzem utilizando partes do próprio corpo, isto é, por fragmentação.

Outras espécies reproduzem os propágulos, pequenos pedaços criados no interior dos conceptáculos. Ao se separarem dos conceptáculos e serem arrastados pela correnteza, os propágulos dão origem a um novo ser.

Na reprodução sexuada, a parte reprodutora masculina recebe o nome de anterídio. O anterídio tem o formato de uma bolsa, onde ficam células que formam os anterozoides. A estrutura feminina é chamada de arquegônio, essa tem a forma de vaso, com um canal cheio de líquido e no fundo fica depositado o gameta oosfera.

Ciclo de vida

Durante a vida, as briófitas apresentam um ciclo haplodiplobionte. Durante esse ciclo elas passam por um período diploide e outro período haploide.

Na fase diploide ocorre a produção de esporos chamados de esporófito. Na fase haploide existem organismos que podem produzir gametas, isto, é um gametófito.

O ciclo de vida começa com os gametófitos femininos e masculinos, fase haploide e mais demorada de todo o ciclo.

Nos gametófitos masculinos existem os aparelhos que são responsáveis pela produção da anterozoides, células reprodutoras masculinas. Nos gametófitos femininos, os arquegônios produzem a oosfera, célula de reprodução feminina.

Para que ocorra a fecundação é preciso que tenha água. Então, quando a água entra em contato com os gametófitos, os anterozoides vão em direção ao arquegônio para encontrar a oosfera e fecundar.

Quando essas células se encontram no embrião diploide se forma, dando origem a um esporófito adulto diploide.

A partir daí surge o esporófito, ele é formado por uma haste e uma cápsula denominada de esporângio. Dentro dessa cápsula fica um tecido esporogônio que sofre meiose e origina esporos haploides.

Os esporos entram em contanto com o ambiente externo e ao caírem em um local adequado, germinam. O esporo, ao germinar, origina uma estrutura chamada de protonema, que posteriormente se transforma em um gametófito e, ao se desenvolver, dará início a um novo ciclo.

Divisão das briófitas

As briófitas são divididas em musgos, hepáticas e antóceros. Os musgos são os mais comuns, são mais de 10.000 espécies catalogadas. A divisão é feita da seguinte forma:

Marchantiophyta – Hepáticas

Grande parte dos gametófitos das hepáticas cresce a partir dos esporos; contudo, alguns genes se formam de um finalmento parecido com um protonema.  Com isso, cresce um gametófito maduro.

Anthocerotophyta – Antóceros

Os antóceros, na maioria das vezes, se parecem com uma roseta, e suas ramificações dicotômicas frequentemente não são visíveis. O esporófito de Anthocero é um pé em uma grande cápsula com formato cilíndrico ou esporângio.

Bryophyta sensu stricto

Os musgos verdadeiros fazem parte do filo Bryophyta. Seus principais representantes são da classe Sphagnidae, Andreaeidae e Bryidae.

Musgos-de-turfeira – Sphagnidae

Esse tipo de musgo está presente no mundo inteiro, ele pode ser visto em regiões úmidas, como as grandes locais de turfeira no hemisfério norte. Esse tipo de musgo possui grande valor comercial e ecológico.

Musgos-de-granito – Andreaeidae

São mais de 100 espécies de musgos do gênero Andreaea. Esse tipo de musgo pode ser visto em locais de montanhas ou Árticos, muitas vezes sobre pedras graníticas, o que explica o seu nome. Esses musgos são raros porque possuem duas fileiras de células.

Musgos verdadeiros – Bryidae

A classe Bryiade reúne a maioria das espécies de musgo. Nesse grupo de musgos os filamentos ramificados dos protonemas são formados por uma única fila de células. Eles se parecem com algas verdes.

Pteridófitas

Diferente das briófitas, as pteridófitas são plantas vasculares. Elas também apresentam tecido de sustentação. Os vasos condutores permitem que as plantas tenham uma circulação rápida de nutrientes pelos locais mais distantes das raízes.

As pteridófitas possuem raízes, caule e folhas. As folhas são divididas em partes menores, classificadas de folíolos. As folhas novas ficam enroladas e são chamadas de báculo.