A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste é uma das doze regiões hidrográficas existentes no Brasil. Ela possui uma extensão territorial de 229.972 quilômetros quadrados, correspondendo a aproximadamente 2,7 % do território nacional.
A bacia é distribuída pelos estados da região Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e também no litoral do estado do Paraná, na região Sul. Sendo a região hidrográfica mais povoada do país, com densidade demográfica que atinge uma média seis vezes maior do que a média brasileira.
A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste
A bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. As principais bacias hidrográficas dessa região eram as bacias do rio Doce e Paraíba do Sul. Bacias como do rio São Mateus, rio Itapemirim, rio Itabapoana, rio Ribeira de Iguape, rio Santa Maria, entre outros
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A região da bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste é definida pelo significativo contingente populacional. A bacia está situada em uma das localidades mais industrializadas e urbanizadas do Brasil
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Os rios dessas bacias chegam a abastecer cerca de 25,5 milhões de pessoas, onde cerca de 90% desses habitantes vivem nas áreas urbanas. Os rios da bacia favorecem atividades econômicas como a agricultura, a pecuária e a produção industrial.
Na região da bacia, a vazão média corresponde a uma média de 2,1% de todo o total brasileiro. Há grandes concentrações populacionais e entre elas é possível destacar as regiões metropolitanas das capitais: Rio de Janeiro – RJ, Vitória –ES, Baixada Santista – SP, Baixada Fluminense – RJ.
Como na região que abrange a bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste existe uma grande concentração populacional e detém grande parte das atividades econômicas do país. Há também um consumo de água muito elevado, o que provoca um sério problema de disponibilidade desse importante recurso hídrico, que é pequeno e não atende a necessidade da grande demanda. Essa bacia abrange cerca de 595 municípios.
O principal bioma que existe na região da bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste é a Mata Atlântica, que sofre bastante com impactos ambientais, como: a degradação ambiental; o desequilíbrio do ecossistema; urbanização e industrialização acelerados, a ocupação irregular do solo; a poluição e assoreamento dos rios; a retirada da mata ciliar; o desmatamento; entre outros.
O tipo climático predominante na região da bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste é o clima tropical de altitude com temperaturas amenas durante a estação do verão. O clima é tropical úmido nas áreas litorâneas menos elevadas, com intensas chuvas no decorrer do verão, podendo também variar com o clima subtropical úmido.
A precipitação média que existe naquela região é de 1.352 milímetros ao ano e a evapotranspiração fica em média de 803 milímetros ao ano.
As Subdivisões da Bacia
- Doce
- Litoral Rio de Janeiro / Espírito Santo
- Litoral São Paulo / Rio de Janeiro
- Paraíba do Sul
- Ribeira de Iguapé
Principais Rios
Os principais rios que compõem a bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste são:
- Rio Barra Seca
- Rio Benevente
- Rio Branco
- Rio Doce
- Rio Fluminense
- Rio Fundão
- Rio Grande
- Rio Guandu
- Rio Itabapoana
- Rio Itapemirim
- Rio Jucu
- Rio Manhuaçu
- Rio Muriaé
- Rio Negro
- Rio Paraíba do Sul
- Rio Paraitinga
- Rio Paulista
- Rio Peixe
- Rio Piranga
- Rio Pirapetinga
- Rio Piraque-Açu
- Rio Pomba
- Rio Preto
- Rio Reis dos Magos
- Rio Ribeira de Iguape
- Rio Santa Maria
- Rio Santo Antônio
- Rio São Mateus
- Rio Suaçuí Grande
Usinas Hidroelétricas
Na região da bacia hidrográfica do Atlântico Sudeste existem algumas usinas hidroelétricas muito importante para a região. São elas:
Aimorés
A Usina Hidrelétrica Eliezer Batista, conhecida como Usina de Aimorés, foi inaugurada em 05 de maio de 2006. Ela está localizada na bacia do rio Doce, tem um potencial de geração de 330 Megawatt (MW) com 172 MW de energia média em operação e abrange os municípios de Baixo Guandu (ES), Aimorés, Itueta e Resplendor (MG). A quantidade de energia gerada é definida pela vazão do rio Doce e pela necessidade do Sistema Interligado Nacional.
Funil
A Usina Hidrelétrica Engenheiro José Mendes Júnior, conhecida como Usina de Funil, foi entregue em julho de 2003, está localizada no rio Grande, região sul do estado de Minas Gerais, entre os municípios de Perdões e Lavras. Ela tem potência instalada de 180 MW com 89 MW de energia média assegurada em operação. A usina foi a primeira do Brasil a instalar o Sistema de Transposição para Peixes (STP), com objetivo de possibilitar a continuação do processo de migração das espécies de peixes originados do rio Grande.
Henry Borden
A Usina Hidrelétrica Henry Borden é um complexo que situado no sopé da Serra do Mar, no município de Cubatão – região metropolitana da Baixada Santista (SP). Ela é composta por duas usinas de alta queda, cerca de 720 m, denominadas como Externa e Subterrânea, com 14 grupos de geradores de energia.
Mascarenhas
A Usina Hidrelétrica de Mascarenhas está localizada no município de Baixo Guandu, no estado do Espírito Santo e entrou em funcionamento no ano de 1974.
Nilo Peçanha
A Usina Geradora Hidroelétrica Nilo Peçanha fica em Piraí – Rio de Janeiro e foi inaugurada em 28 de novembro de 1954. Ela recebeu esse nome em homenagem ao ex-presidente da república Nilo Procópio Peçanha, antes era chamada de Forçacava.
Paraibuna
A Usina Hidrelétrica de Paraibuna é também chamada de represa da Companhia Energética de São Paulo (CESP) ou represa de Paraibuna. Ela está localizada no Vale do Paraíba – São Paulo. É utilizada para a geração de energia elétrica, mas a sua principal finalidade é regular a vazão do rio Paraíba do Sul, sendo um reservatório de água muito importante para o abastecimento de muitas cidades do Vale do Paraíba e do estado do Rio de Janeiro.
Porto Estrela
A Usina Hidrelétrica de Porto Estrela entrou em operação no ano de 2001, com uma linha de transmissão de 230 Quilovolt (KV). Ela possui potência instalada de 112 MW e está localizada no rio Santo Antônio, na bacia do rio Grande – Minas Gerais.