Resumo de Redação Oficial - As Comunicações Oficiais - Emprego dos Pronomes de Tratamento

Resumo da Redação Oficial: Comunicações Oficiais

Esta aula aborda o emprego de pronomes de tratamento em comunicações oficiais, com base no Manual de Redação da Presidência da República (3ª edição, 2018) e no Decreto nº 9.758/2019.

Emprego dos Pronomes de Tratamento (Manual de Redação da Presidência)

O Manual de Redação da Presidência da República orienta sobre o uso de pronomes de tratamento em três momentos:

  • Endereçamento: Texto no envelope.
  • Vocativo: Saudação inicial no documento.
  • Corpo do Texto: Uso do pronome ou sua forma abreviada.

Concordância Verbal:

  • Verbos concordam com a 3ª pessoa, mesmo com pronomes de 2ª pessoa (Ex: Vossa Senhoria nomeará...).
  • Pronomes possessivos são da 3ª pessoa (Ex: seu assessor).
  • Adjetivos concordam com o gênero da pessoa, não com o pronome (Ex: Vossa Excelência está ocupado/ocupada).
  • "Sua Excelência" é usado para referência indireta. (Ex: A Sua Excelência o Senhor Deputado)

Decreto nº 9.758/2019

O Decreto nº 9.758/2019, em vigor desde 1º de maio de 2019, estabelece novas diretrizes sobre o tratamento e endereçamento em comunicações da administração pública federal.

Aplica-se a: (Exemplos - lista completa no texto original)

  • Servidores públicos efetivos
  • Militares
  • Empregados públicos
  • Ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança
  • Autoridades públicas, incluindo Ministros e Presidente/Vice-Presidente da República

Vedação de Prontomes de Tratamento:

O decreto proíbe o uso de "Vossa Excelência", "Vossa Senhoria", "Excelentíssimo Senhor", "doutor", "ilustre/ilustríssimo", "digno/digníssimo" e "respeitável".

Pronome de Tratamento Aceitável:

O único pronome de tratamento permitido é "senhor", flexionado para feminino e plural, independente do cargo.

Endereçamento:

  • Não deve conter pronome de tratamento ou o nome do agente público.
  • Exceções: quando a identificação do destinatário exige.

Retaliação:

Agentes que exigirem tratamento especial com base em normas específicas devem tratar o interlocutor da mesma forma.

Exceções (a quem o decreto não se aplica):

  • Comunicações com autoridades estrangeiras ou organismos internacionais.
  • Comunicações com Poderes Judiciário, Legislativo, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e Ministério Público, caso exijam tratamento especial.

Conclusão:

O decreto simplifica as comunicações no âmbito do Poder Executivo federal, padronizando o uso de "senhor" como forma de tratamento.