Resumo de Biologia - Aranha caranguejeira

A aranha caranguejeira, também conhecida como tarântula, é uma das espécies de aranhas de grande porte que faz parte do filo dos artrópodes. A caranguejeira mede de 20 cm a 30 cm, possui hábitos noturnos e alimentam-se de pequenos animais.

O nome tarântula deriva da cidade Tarento, na Itália, região onde essas aranhas são facilmente encontradas. Posteriormente, o nome foi utilizado para designar todas as espécies de aranhas de grande porte.

A primeira espécie, originalmente chamada de tarântula foi a Lycosa tarântula (tarântula-do-mediterrâneo), um tipo de aranha lobo (pequeno porte) nativa do Mediterrâneo.

Atualmente, a aranha caranguejeira é encontrada em maior quantidade nas regiões tropicais, subtropicais e áridas, como as Américas, a Ásia, a África e o Oriente Médio. No Brasil, a caranguejeira é encontrada com maior frequência na Amazônia.

O filo artrópodes

O filo dos artrópodes ou arthropoda é composto pelos animais invertebrados, ou seja, aqueles que não possuem caixa craniana e coluna vertebral. Estima-se que os representantes deste filo equivalem a cerca de 84% das espécies do Reino Animal até então conhecidas.

Esse filo inclui as abelhas (insetos), aranhas (aracnídeos), camarões (crustáceos), lacraias (quilópodes) e os piolhos-de-cobra (diplópodes). Tais animais estão presentes em praticamente todos os ambientes, até nos mais inóspitos, como as geleiras da Antártida.  

Em relação a anatomia, os artrópodes possuem apêndices (patas) articulados e corpo segmentado, envolvido em um exoesqueleto de quitina. Especificamente, os artrópodes do solo, como a aranha caranguejeira e a formiga, possuem peças bucais (mandíbulas, maxilas, quelíceras, pedipalpos).

Principais características da aranha caranguejeira

Nas aranhas, a cabeça e o tórax são separados do abdômen por uma fina cintura. Na ponta das garras existem duas estruturas que parecem  seringas, usadas para segurar, picar o corpo da presa e injetar o veneno, que é produzido em glândulas especiais.  

A aranha caranguejeira possui oito patas, quatro pulmões e seis ou oito olhos. O corpo peludo assusta muitas pessoas, sendo que os pelos do abdômen são urticantes e no menor sinal de perigo podem desprender-se do corpo e penetrar a pele de predadores.

O tamanho e a cor da tarântula pode variar de acordo com a região que habita.  Existem algumas espécies exóticas que chamam atenção pela singularidade. Esse é o caso da tarântula azul-cobalto (Cyriopagopus lividus), que possui o azul como cor predominante.  

Hábitos e alimentação

A aranha caranguejeira fêmea pode viver até 20 anos, enquanto o macho da espécie possui um ciclo de vida menor, aproximadamente 7 anos de idade, pois morre após o acasalamento.

Antes da fase adulta, a aranha caranguejeira come diariamente, exceto no período de sua troca de pele que realiza um jejum de cerca de 17 dias (dez dias antes e sete dias após a troca).

Quando adulta, esse animal pode passar vários dias sem comer. Os insetos são os principais alimentos da caranguejeira, mas as espécies de grande porte podem até comer sapos, ratos e pequenas aves, como faz a tarântula-golias (Theraphosa blondi).

Esse animal pouco se afasta da toca, pois sente a presença das presas através da vibração do solo. O seu habitat natural, geralmente, são buracos subterrâneos, forrados por teia e próximos de raízes de árvores e pedras. Algumas espécies são arbóreas (vivem em árvores) e raramente precisam ir ao solo.

Reprodução

Tanto a fêmea quanto o macho levam de dois a cinco para atingirem a maturidade sexual. O acasalamento da caranguejeira é semelhante aos demais tipos do filo, contudo o macho possui ganchos para prender a fêmea durante a cópula.

Apesar da fertilização ser interna, ela é indireta. O macho tece pequenas teias, onde ejacula e assim transfere o esperma para os palpos (apêndices localizadas nos lados da boca).

A fêmea, então, armazena o esperma vivo em um saco de seda até chegar a época de colocar os ovos (50 a 200). Os ovos podem ficar incubados por até três semanas e após nascerem os filhotes ficam pouco tempo na toca e então se dispersam, pois não há nenhum tipo de cuidado parental.

O veneno

Praticamente todas as aranhas são venenosas, pois esse é um mecanismo de defesa. Contudo, as substâncias produzidas por elas possuem diferentes graus de toxidade e efeitos sobre os predadores.

O veneno da aranha caranguejeira não é nocivo para os humanos, mas os pelos urticantes podem causar irritações, ardor e sensação de queimadura na pele. Se penetrarem nos olhos as complicações são perigosas, entre elas queratite severa e inflamação na córnea.

Por outro lado, o veneno pode ser fatal em um animal que possa lhe servir de alimento. Quando elas agarram as presas com suas garras, injetam veneno paralisante, ao mesmo tempo secretam enzimas digestivas para liquefazer os corpos e então sugá-los. 

Espécies

Existem várias espécie de aranhas caranguejeiras. Conheça alguns tipos:

  • Theraphosa blondi (Aranha-golias-comedora-de-pássaros);
  • Grammostola rosea (Caranguejeira-rosa-chilena);
  • Lasiodora parahybana (Caranguejeira-rosa-salmão-brasileira);
  • Selenocosmia crassipes (Caranguejeira-do-oriente);
  • Brachypelma smithi (Caranguejeira-de-joelho-vermelho-mexicana);
  • Avicularia (Caranguejeira-de-dedos-rosa);
  • Aphonopelma hentzi (Tarântula-castanha-do-Texas);
  • Poecilotheria regalis (Indian Ornamental).

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