Resumo de Geografia - Analfabetismo no Brasil

O analfabetismo no Brasil atinge 7,0% das pessoas com idade superior a 15 anos. O país conseguiu diminuir esse índice, porém não na velocidade esperada: o Brasil não chegou à meta do Plano Nacional de Educação para 2015, que era reduzir o índice de analfabetismo para 6,5% com o objetivo de acabar com esse problema até 2024.

Analfabeto é uma pessoa que não conhece o alfabeto ou que não sabe ler e escrever. A taxa de analfabetismo no Brasil é medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Essa pesquisa aponta a porcentagem de pessoas que não conseguem ler e escrever um simples bilhete, no idioma que conhecem.

Índice de analfabetismo no Brasil

De acordo com o IBGE, a taxa de analfabetismo no Brasil, da população com 15 anos ou mais, é de 7,0%. Esse levantamento foi realizado em 2017.

Essa porcentagem representa 11,5 milhões de pessoas que não sabem ler ou escrever.

Esse índice cresce ainda mais na população com idade superior a 60 anos, pois foram pessoas que não tiveram nenhum contato com o crescimento das escolas públicas.

Além disso, os indivíduos que conseguem ler e escrever pequenos bilhetes, os chamados de analfabetos funcionais, também representam uma parcela significativa no balanço do número de analfabetos no Brasil. Eles correspondem a 29% da população brasileira.

Analfabetismo no Brasil entre pretos ou pardos

O levantamento também revelou que a taxa de analfabetismo no Brasil entre pretos e pardos é maior. Se forem levados em consideração somente indivíduos autodeclarados brancos, a taxa total de analfabetismo é de 4,2%, enquanto entre as que se declaravam pretas ou pardas o índice foi de 9,9%.

Em um panorama que leva em consideração pessoas com 60 anos ou mais, o percentual entre os dois grupos é de 11,7% e 30,7%, respectivamente.

Analfabetismo por região

Observando a taxa de analfabetismo no Brasil é possível visualizar que a Região Nordeste apresenta o maior índice.

Essa região apresentou a maior taxa de analfabetismo no Brasil (14,8%), o que representa aproximadamente quatro vezes mais que as taxas da Região Sudeste (3,8%) e Região Sul (3,6%).

Na Região Norte a taxa foi de 8,5% e na Região Centro-Oeste a taxa de analfabetismo foi de 5,7%.

Analfabetismo funcional

Analfabetismo funcional é quando uma pessoa não consegue entender textos e operações matemáticas simples, e organizar as próprias ideias.

O analfabeto não é necessariamente uma pessoa que não sabe ler, mas um indivíduo que possui dificuldades para se comunicar.

Segundo o conceito de analfabetismo funcional, a pessoa tem a capacidade de identificar e ler números, letras, palavras e até frases, porém não consegue juntar essas informações e entender como um todo. Isso é um problema de interpretação.

Essa classificação não é usada somente para os receptores das mensagens, mas também para quem as emite.

Uma das principais causas do analfabetismo funcional é o ensino deficitário. No Brasil, atualmente, nota-se uma grande quantidade de pessoas com diploma, porém com pouco ou nenhum conhecimento.

Estima-se que um terço da população jovem e adulta de 15 a 65 anos sejam analfabetos funcionais. Isso representa 38 milhões de brasileiros, de acordo com a ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro.

Diferente dos outros tipos de analfabetismo, o funcional pode atingir pessoas com um alto grau de escolaridade. Calcula-se que 30% dos universitários dos brasileiros sejam analfabetos funcionais.

Medidas contra o analfabetismo no Brasil

O sistema educacional brasileiro tem grandes problemas e as soluções vão desde a construção de mais escolas até o financiamento educacional.

Pesquisadores dizem que as técnicas usadas na alfabetização brasileira estão ultrapassadas. O método usado para ensinar a ler e a escrever é baseado na cópia e na memorização excessiva, impossibilitando a criatividade das crianças.

Outra questão tem a ver com o financiamento da educação infantil. A partir dos anos 90, com as alterações realizadas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, os municípios são responsáveis pelos primeiros anos escolares. Isso provocou desigualdades no ensino, pois nem todos possuem a mesma arrecadação.

Uma ação importante para solucionar a questão do analfabetismo funcional é estimular a leitura e a escrita entre a população adulta.

Além disso, é preciso também democratizar o acesso dos bens culturais a todas as classes sociais da população.

Consequência

A alta taxa de analfabetismo no Brasil traz grandes problemas para quem faz parte desse número. Muitas dessas pessoas não conseguem uma colocação no mercado de trabalho, ou quando conseguem não recebem uma boa remuneração.

Isso faz com que o trabalho seja pesado e exaustivo. Na maioria das vezes, as empresas não incentivam os funcionários a buscarem conhecimento e terminarem os estudos.

Existe ainda o preconceito e a dificuldade para realização de atividades básicas como ler o letreiro de um ônibus, anúncios e placas, cartas e jornais. Isso tudo pode provocar a exclusão social.

O que é exclusão social?

A exclusão social é um termo que explica o distanciamento de pessoas ou de grupos que esteja em uma condição desfavorável ou vulnerável em relação aos demais indivíduos e grupos da sociedade.

Os indivíduos ou grupos que vivem nessa condição são marginalizados por vários motivos, sofrendo preconceitos pela escolaridade, diferença de condição social, raça, religião, gênero, orientação sexual, escolhas de vida, entre outros motivos.

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