Questão 9 Comentada - Conselho Estadual de Medicina do Rio de Janeiro - Administrador - FDC (2011)

REMÉDIOS
Dicionário histórico – Brasil. Ângela Vianna Botelho e Liana Maria Reis

As drogas medicinais ou “drogas da virtude”, prescritas pelos físicos, odontólogos e médicos homeopatas ou alopatas eram manipuladas por boticários, que importavam remédios europeus e usavam produtos nativos em sua formulação. Os remédios objetivavam muito mais a sintomatologia que a etiologia. A partir de 1837, houve adoção oficial do “Codex medicamentarius gallicus”, que vigorou no Brasil até 1926. Muitas vezes, entretanto, a população recorria à obra Medicina Doméstica, de Buchan, e, posteriormente, à de Chernoviz, bem como à homeopatia de Hahnemann, acabando por se automedicar. As drogas medicinais mais receitadas continuaram a ser o mercúrio, a quina e os vomitivos, purgativos, diuréticos e sudoríficos, muitas vezes extraídos das plantas e raízes nativas, de comprovada eficácia. Eram também muito utilizados os emplastros, fricções e escalda-pés. Aplicações de ventosas, sangrias e sanguessugas eram comumente receitadas, sendo que os banhos de mar e termais passaram a ser prescritos principalmente para infecções cutâneas.



Sobre a dependência de nossa fabricação de remédios em relação aos grandes centros pode-se afirmar que tal dependência:
  • A trazia prejuízos ao progresso de nosso conhecimento.
  • B provocava atraso na indicação de tratamentos e prescrições.
  • C era completa, já que se seguia um codex de valor internacional.
  • D mostrava-se particularmente importante em relação aos Estados Unidos.
  • E era relativa, pois já se empregavam produtos nacionais nessa formulação.