Sobre Marte, os drones e vidas humanas
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou recentemente no solo marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem da conquista de um planeta longínquo por uma máquina reúne dois sonhos de ficção científica — a criação de robôs e a exploração espacial. O robô que pousou em Marte é apenas o exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há tempos já saiu dos livros e filmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de 8 milhões de robôs aqui mesmo na Terra, em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e — em seu uso mais controverso — matar inimigos em conflitos armados.
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que consideramos essencialmente humanas ou mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado pelos drones, os aviões que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau de precisão? Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre a visão que temos de humanidade?
No trecho “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones.” ( l. 35-38), o verbo prenunciar foi utilizado no plural por se tratar de uma construção de passiva pronominal com sujeito também no plural.
O mesmo procedimento é adotado no verbo destacado em:
- A Para conquistar posição de vanguarda na corrida espacial, obedecem-se a princípios básicos de inovação tecnológica.
- B Na missão espacial ao solo marciano, ambiente inóspito aos humanos, assistiram-se a episódios inesquecíveis.
- C Nos livros e filmes de ficção científica do século passado, falavam-se de robôs como uma possibilidade muito próxima e viável.
- D Com o avanço das pesquisas em robótica nas últimas décadas, delegam-se atividades eminentemente humanas às máquinas.
- E Para evitar que o crescimento da robótica provoque distorções incontroláveis, necessitam-se de leis protecionistas.