Questão 4 do Concurso Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de Goiás (SEGPLAN-GO) - Auxiliar de Autópsia - FUNIVERSA (2015)

Tomografias, robôs e visualização em 3D dos corpos de mortos são cada vez mais usados durante autópsias em países como Suíça, Alemanha, Reino Unido e Brasil. O objetivo é incentivar e melhorar a qualidade do exame. Uma dessas iniciativas está na Universidade de Zurique, onde o médico Michael Thali trabalha há 16 anos no projeto Virtopsy, um conjunto de aparelhos que cria modelos 3D para investigar as causas do óbito. O objetivo é “olhar para corpos sem o bisturi, de uma maneira não-sangrenta”, diz Thali.

O método, diz Thali, continua o mesmo até hoje. Primeiro, um robô conhecido como “virtobot” escaneia a superfície do corpo e cria um modelo em 3D do cadáver. Depois, a tomografia e a ressonância mapeiam o interior e ajudam os médicos a escolher os melhores pontos para a retirada dos tecidos necessários à investigação laboratorial. A seguir, em nova ação, o “virtobot” faz a incisão no local escolhido. “Usamos aparelhos industriais e clínicos, com algumas modificações”, afirma Thali. De acordo com o médico, essa autópsia virtual é capaz de detectar de 60% a 80% das causas de morte. Os bons resultados levaram hospitais alemães a usar a técnica para investigar seus óbitos. São três instituições usando o método.

No Brasil, uma pesquisa busca entender os impactos das autópsias virtuais. Comandada por Paulo Saldiva, da Universidade de São Paulo (USP), e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o estudo, que começou em novembro de 2013, pretende submeter 1.000 cadáveres a três tipos de autópsias: a verbal, a convencional e a virtual. “Faremos a verbal [quando o médico aplica um questionário aos familiares] e a autópsia minimamente invasiva, que consiste de um exame tomográfico ou de ressonância nuclear magnética. Depois, compararemos com a convencional”, diz Saldiva.

Além de criar bases científicas para verificar a eficácia da autópsia virtual, a ideia da pesquisa é aumentar o número de exames pós-morte no mundo.




Considerando os aspectos semânticos e sintáticos do texto, assinale a alternativa correta.

  • A As formas verbais “são” (linha 2) e “é” (linha 20) são conjugações do verbo defectivo “ser”.
  • B Na linha 16, “laboratorial” é adjunto adnominal de “investigação”.
  • C Na linha 29, “pretende submeter” consiste numa locução verbal no futuro do presente do Indicativo.
  • D Nas linhas 30 e 31, “Faremos a verbal [...]” é um caso de sujeito indeterminado.
  • E “Faremos” (linha 30) e “compararemos” (linha 34) têm a mesma regência.