Redundâncias
Ter medo da morte
é coisa dos vivos
o morto está livre
de tudo o que é vida
Ter apego ao mundo
é coisa dos vivos
para o morto não há
(não houve)
raios rios risos
E ninguém vive a morte
quer morto quer vivo
mera noção que existe
só enquanto existo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes)
Dentre outros fatores, o ritmo do poema é garantido com o emprego recorrente de palavras
- A monossílabas tônicas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de passado e presente.
- B oxítonas e dissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de causa e consequência.
- C paroxítonas e dissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de oposição de sentido.
- D oxítonas trissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de negação e afirmação.
- E paroxítonas trissílabas, sendo flagrante, em muitos pares, a relação de afirmação e inclusão.