Paciente JVS, do sexo masculino, 54 anos, é atacado por cão do vizinho, sem um motivo aparente. O cão é vacinado anualmente contra raiva e permanece preso no domicílio do vizinho, podendo ser observado. O paciente foi levado ao pronto socorro e examinado; foi constatada uma grave laceração de braço esquerdo e a lesão foi classificada como profunda. Observou-se ainda grande quantidade de terra na lesão. O paciente informou que o esquema vacinal da infância estava completo.
Em relação à profilaxia da raiva, indique a conduta adequada para a situação clínica referida acima:
- A Como o animal está com a vacina antirrábica em dia, deve-se lavar a ferida com água e sabão, usar antibióticos profiláticos na ferida e encerrar o caso.
- B Lavar o ferimento com água e sabão e não iniciar profilaxia antirrábica. Manter o animal em observação por 10 dias. Se ele permanecer vivo e saudável, suspender a observação no 10° dia e encerrar o caso. Se ele morrer, desaparecer ou apresentar sinais de raiva, indicar vacina intramuscular (dias 0, 3, 7 e 14) e soro (SAR ou IGHAR).4
- C Como o ferimento foi extenso, embora em membro superior, mesmo o animal sendo vacinado contra raiva, deve-se lavar o local com água e sabão e iniciar imediatamente esquema vacinal antirrábico com quatro doses intramuscular (dias 0, 3, 7 e 14), sem necessidade do soro (SAR ou IGHAR).
- D O ferimento, embora em membro superior, é classificado como grave. Mesmo que o animal seja passível de observação e esteja com a vacinação antirrábica em dia, deverá ser aplicado soro antirrábico (SAR ou IGHAR) ao redor da lesão. Se necessário, aplicar o restante do soro intramuscular na região glútea, sempre em local diferente da aplicação da vacina. O paciente deve ainda receber esquema completo da vacina, quatro doses intramuscular (dias 0, 3, 7, e 14).