O conceito de gêmeo digital (digital twin) refere-se a uma representação virtual dinâmica de um objeto, sistema ou ambiente físico, mantida atualizada por dados coletados em tempo real via sensores, câmeras e outras fontes. Essa integração contínua permite simular, prever e otimizar operações no mundo físico a partir de sua contraparte digital.
Considere o seguinte cenário hipotético: uma metrópole costeira implementa um gêmeo digital para monitoramento de riscos climáticos e mobilidade urbana.
O sistema integra dados de sensores IoT (nível de chuva, velocidade do vento, nível de rios), câmeras de tráfego, imagens de satélite, estações meteorológicas e modelos de inteligência artificial para prever alagamentos e seus impactos, bem como recomendar rotas alternativas em tempo real. A solução envolve camadas de ingestão de dados, processamento em nuvem e visualização 3D interativa para gestores públicos e cidadãos.
Sobre a concepção e operação desse gêmeo digital, é correto afirmar que:
- A a latência na atualização do modelo 3D é irrelevante para decisões operacionais, desde que os dados históricos estejam completos, pois o valor do gêmeo digital reside em análises retroativas;
- B o uso de IA no gêmeo digital é restrito a aprendizado supervisionado, pois modelos supervisionados não conseguem lidar com séries temporais oriundas de múltiplos sensores ambientais;
- C a integração de dados heterogêneos no gêmeo digital exige normalização semântica e temporal, de modo que informações de sensores com diferentes frequências e formatos possam alimentar modelos preditivos de forma coerente;
- D o emprego de câmeras e sensores no gêmeo digital substitui a necessidade de modelagem física, já que o fluxo contínuo de dados garante previsões corretas sem simulação de cenários;
- E a arquitetura de um gêmeo digital para riscos climáticos prioriza o desacoplamento entre as camadas de ingestão e de visualização, mas não requer interoperabilidade com sistemas externos, pois todo o ecossistema de dados é necessariamente fechado.