O QUE MAIS DÓI
O que mais dói não é sofrer saudade
Do amor querido que se encontra ausente
Nem a lembrança que o coração sente
Dos belos sonhos da primeira idade.
Não é também a dura crueldade
Do falso amigo, quando engana a gente,
Nem os martírios de uma dor latente,
Quando a moléstia o nosso corpo invade.
O que mais dói e o peito nos oprime,
E nos revolta mais que o próprio crime,
Não é perder da posição um grau.
É ver os votos de um país inteiro,
Desde o praciano ao camponês roceiro,
Pra eleger um presidente mau.
(PATATIVA DO ASSARÉ)
No verso "Desde o praciano ao camponês roceiro", os termos destacados podem ser classificados quanto à sua classe gramatical e processo de formação como:
- A adjetivo/derivação sufixal e adjetivo/derivação sufixal
- B substantivo/derivação parassintética e adjetivo/composição por aglutinação
- C advérbio/derivação imprópria e adjetivo/derivação prefixal
- D substantivo/ composição por aglutinação e adjetivo/derivação sufixal
- E substantivo/derivação imprópria e adjetivo/derivação sufixal